Structuring Public Opinion on Foreign Policy Issues: The Case of Brazil

Abstract

This article analyzes the structure and the stability of Brazilian public attitudes toward foreign policy issues. It argues that Brazilian attitudes on foreign affairs are more structured and stable than has previously been believed. It asserts that deep and historical beliefs about Brazil's role in international affairs, such as pacifism and protagonism, are responsible for creating reasonably consistent and stable public attitudes toward specific foreign policy preferences. The argument builds on the model proposed by Jon Hurwitz and Mark Peffley (1987) in their study on the coherence of US public opinion on foreign policy issues. The article uses survey data from two national samples undertaken in 2014 and 2019 (about 1,800 respondents each). The samples are part of the "Brazil, the Americas and the World" project, which conveys information about Brazilian public opinion on foreign policy issues.Este artigo analisa a estrutura e a estabilidade das atitudes da opinião pública brasileira em relação às questões de política externa. Argumentamos que as atitudes brasileiras em relação às relações exteriores são mais estruturadas e estáveis do que se pensava. Sustentamos que crenças profundas e históricas sobre o papel do Brasil nos assuntos internacionais, como pacifismo e protagonismo, são responsáveis por criar atitudes públicas razoavelmente consistentes e estáveis em relação a preferências de política externa. Construímos nosso argumento com base no modelo proposto por Hurwitz e Peffley (1987) em seu estudo sobre a coerência da opinião pública nos Estados Unidos em questões de política externa. Usamos dados de pesquisas de duas amostras nacionais realizadas em 2014 e 2019 (cerca de 1.800 entrevistados cada). As amostras fazem parte do projeto O Brasil, As Américas e o Mundo, que levanta informações sobre a opinião pública brasileira em questões de política externa.