Sporotrichosis in Southern Brazil, towards an epidemic?

Abstract

Rio Grande do Sul (RS) is the second highest state with respect to sporotrichosis incidence in Brazil, with most cases occurring in the southern region. Given the importance of epidemiologic monitoring in hyperendemic areas, this study evaluated the spatial, geographical and annual sporotrichosis incidence over a period of 7 years in the southern region of RS, as well as the disease evolution over the last two decades. Data were collected from the Mycology Laboratory of the Federal University of Rio Grande (FAMED-FURG) and from the Centre for Zoonosis Control (CZC) of the Prefeitura Municipal of Pelotas city. All feline cases of sporotrichosis diagnosed between 2010 and 2016 were included and analysed. In addition, cases of human and canine sporotrichosis were accounted for. Over the 7-year period (2010-2016), 372 feline, 34 canine and 83 human cases of sporotrichosis were diagnosed, being the mean number of cases/year 18.33 in the first 3 years of the study and 116.33 in the last 3 years. Cases were distributed among 34 and 28 neighbourhoods in Rio Grande and Pelotas city, respectively. Socioeconomic features reinforced the result that the disease is already spreading across a major part of the southern region. In addition, the study demonstrated the intensification and expansion of the high endemicity areas. Therefore, given that the number of feline sporotrichosis cases in southern RS reached alarming proportions, we suggested that this region will promptly face an epidemic of sporotrichosis if no preventive or control measures are undertaken.

Associated factors and spatial patterns of the epidemic sporotrichosis in a high density human populated area: A cross-sectional study from 2016 to 2018

“…For animals with a positive diagnosis, there was predominance of young animals of known age (1 to 3 years) (33.33%) and males (64.76%). Similar results were obtained in studies on endemic and outbreak regions in Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, and Recife [9,10,14,15]. Majority of the animals was not spayed (68.57%); however, it was not possible to verify a significant association (p > 0.05) between castration and positive diagnosis.…”

Dados epidemiológicos da esporotricose felina na região Sul Do Rio Grande do Sul: uma abordagem em saúde pública

“…Salienta-se que as pesquisas realizadas no Rio Grande do Sul demonstram uma grande quantidade de casos nas cidades de Pelotas e Rio Grande (7,9) . De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de Pelotas, a notificação de casos de esporotricose em animais e humanos, passou, respectivamente, de 45 e nove casos no ano de 2013, para 87 casos confirmados em animais e de 17 em humanos, e para 97 casos em animais e 21 casos em humanos confirmados em 2015 (21) .…”

“…Já no município vizinho, em Rio Grande, constatou-se que a média de novos casos de esporotricose felina aumentou de 0,75 novos casos por mês em 2010 para 3,33 em 2014 (1) . Em um estudo recente que relatou a casuística do munícipio ao longo do período de 2010-2016 foram diagnosticados 372 casos em felinos, 34 em caninos e 83 casos em humanos, sendo o número médio de casos/ano 18,33 nos 3 primeiros meses de estudo e 116, 33 nos últimos 3 anos (2014-2016) (9) .Ambas as cidades são litorâneas, condição da região metropolitana do Rio de Janeiro também, onde é registrado o maior número de casos de esporotricose do Brasil (19) . Não se pode descartar a possibilidade de que esse maior número de diagnósticos nesses locais esteja relacionado à presença de centros de pesquisa nessas regiões, entretanto, é possível que esteja ligado às condições ambientais e climáticas predominantes em áreas de litoral que sejam favoráveis à manutenção do fungo.…”

“…Nosso estudo respalda com a casuística de trabalhos desenvolvidos em São Paulo, Rio de Janeiro, o tempo entre o início das lesões e a busca pelo atendimento veterinário é de, geralmente, dois meses (3,8) . Em outros trabalhos realizados no Rio Grande do Sul, o período entre o aparecimento das lesões e o diagnóstico variou de três dias a três anos, sendo que somente 21,2% dos animais estudados foram diagnosticados precocemente (em menos de 30 dias do aparecimento das feridas) (1,9) corroborando com os dados obtidos no presente estudo.…”

“…Além disso, o comportamento natural desses animais de explorar o território, arranhar plantas, e se envolver em disputas territoriais ou por fêmeas, facilita o contato contínuo entre animais sadios e doentes, proporcionando uma maior disseminação da doença (6,7) . No Brasil, a infecção de humanos a partir do contato com gatos doentes é muito frequente e endêmica nas regiões sudeste e sul do país (1,(7)(8)(9) . Entretanto, epidemias de esporotricose felina vêm sendo registradas em São Paulo nos últimos anos (10) , além disso, nos últimos anos começou-se a registrar casos de esporotricose felina em outros estados do Brasil (11)(12)(13)(14)(15)(16) ), sendo também documentada a transmissão para humanos, em alguns desses casos.…”