Spatial distribution of six managed tree species is influenced by topography conditions in the Central Amazon

O manejo nas florestas tropicais na Amazônia Oriental influencia na recuperação e comportamento espacial de espécies florestais a longo prazo?

“…De acordo com Lima (2013), o padrão de distribuição aleatório, que é predominante para as espécies deste estudo, demonstra que elas apresentam boa dispersão e não possuem associação específica com o habitat. H. courbaril, entretanto apresentou um padrão disperso nas áreas de exploração convencional, o que pode estar associado de algum processo de competição intra-específica Klahr, 1991;Barot et al, 1999;Ricklefs, 2003;Miron et al, 2020), e logo após a exploração, mudanças ocorridas no habitat, com a retirada de indivíduos da espécie da área e mortalidade de algumas remanescentes, podem ter influenciado para que esse tipo de competição fosse menos intensa ou até mesmo deixasse de existir, e após 24 anos e espécie adquirisse um padrão de distribuição aleatório.…”

“…Além de conhecer o comportamento do crescimento e desenvolvimento das espécies na floresta, outras variáveis, como o comportamento espacial dos indivíduos, podem servir como um mecanismo necessário para a promoção do manejo florestal sustentável, já que fornecem informações importantes a respeito do comportamento ecológico da espécie, o que pode ser essencial para implementação de medidas, pré e pós-colheita, que beneficiem a recuperação de cada uma (Miron et al, 2020).…”

“…O padrão de distribuição espacial é a forma com que indivíduos de determinadas espécies se organizam em uma área (Silva et al, 2012) , 1974;Ricklefs, 2003;Miron et al, 2020). Esse comportamento pode ser influenciado por diversos fatores bióticos e abióticos, como o tipo de dispersão de sementes, os agentes dispersores e os próprios fatores ambientais (Dalmaso et al, 2012;Jorge et al,2015;Miron et al, 2020).…”

“…Essas alterações que modificam os padrões espaciais na floresta podem ser observadas através da geoestatística, área que trabalha com variáveis regionalizadas (Landim, 2006). Miron et al (2020) destaca que existem diversos métodos para analisar a distribuição espacial das espécies, por exemplo, os métodos baseados em medidas de distância entre indivíduos em parcelas de tamanho fixo ou em suas localizações, como o Método do Vizinho Mais Próximo (Clark;Evans, 1954), além de outros que não são afetados pelo desenho da amostra, como a função K de Ripley (Ripley, 1977).…”

“…Silva e Lopes (1982) afirmam que o conhecimento da distribuição espacial das espécies oferece informações valiosas para o seu manejo, silvicultura, dendrologia e ecologia. Do ponto de vista do manejo florestal, conhecer esse tipo de informação pode ser útil para o planejamento da exploração, considerando a preferência de microhabitats de espécies comercializáveis para, desta forma, reduzir os distúrbios causados pela atividade madeireira (Miron et al 2020), além de promover a recuperação de indivíduos de forma mais eficaz.…”