Sofrimento psíquico na Universidade: uma análise dos sentidos configurados por acadêmicos

Abstract

Este artigo lança como objetivo compreender a constituição do sofrimento psíquico a partir dos sentidos configurados por acadêmicas e acadêmicos da Universidade Federal da Região Sul Mineira em suas vivências no contexto universitário. Com o desenvolvimento de uma pesquisa-intervenção foram participantes do estudo 10 acadêmicos de diferentes cursos da área da saúde, que com a utilização e discussão de materialidades mediadoras, como fotos, charges e vídeos, participaram de encontros quinzenais ao longo do estudo. A partir de uma análise qualitativa dos dados, pode-se definir indicadores que caracterizam a vivência com sentimentos de isolamento; solidão; tristeza; competitividade dentro dos espaços das salas de aula e demais espaços relacionais. Concluímos que deflagrar os sentidos configurados por acadêmicos na vivência universitária é um dos pilares para ações de promoção da saúde e enfrentamento do fenômeno do adoecimento psíquico cada vez mais frequentes nas Instituições Universitárias, com base em ações institucionais, curriculares e pedagógicas.

Sofrimento psíquico em alunos de graduação da área da saúde pós pandemia

“…Ao adentrar na universidade, para o jovem, ao mesmo tempo em que sinaliza uma conquista, pode se tornar um período turbulento repleto de vulnerabilidade e sofrimento psíquico, por distanciar o jovem do núcleo familiar e inseri-lo em um contexto que requer novas posturas e responsabilidades. Os universitários estão sujeitos a potenciais estressores como rede de apoio insuficiente, excesso de conteúdo didático, dificuldade na administração do tempo, responsabilidade e expectativas altas diante da vida acadêmica (GOMES C, et al, 2018).…”

Prevalência e fatores de risco para transtornos de ansiedade em alunos de graduação da área da saúde de uma universidade pública do estado do Pará

“…A vivência acadêmica é composta por inúmeras situações, demandas e desafios que podem, em determinados contextos sócio-econômico-culturais e pessoais, desencadear ou intensificar quadros de sofrimento psíquico que geralmente culminam na evasão discente (Gomes et al, 2018).…”

A Perspectiva De Musicoterapeutas Sobre Os Fenômenos Interativos No Trabalho Com Grupos Em Saúde Mental

“…Estas podem ser: biológicas, subjetivas da relação intrapessoal da pessoa, das suas relações interpessoais (como as relações familiares, de trabalho, etc.) e de fatores econômicos, políticos, históricos e culturais (Gomes et al, 2018).…”