Resumo Objetivo: avaliar a associação da Síndrome Metabólica e dos seus componentes entre os profissionais de Enfermagem da Atenção Primária à Saúde do estado da Bahia, Brasil, segundo a categoria profissional. Método: estudo transversal, populacional e multicêntrico conduzido com 1.125 profissionais de Enfermagem. A variável independente foi a categoria profissional, dicotomizada em nível técnico e superior de ensino. O desfecho foi a Síndrome Metabólica seguindo os critérios da National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III, a partir de aferições antropométricas e de amostras sanguíneas. A análise estatística deu-se pelo cálculo das razões de prevalência e pelo Teste Qui-quadrado de Pearson. Resultados: a prevalência da Síndrome Metabólica foi maior na categoria de nível técnico (RP=1,64; IC 1,29 - 2,06; p≤0,01). Estes profissionais quando comparados com os Enfermeiros eram mais velhos, tinham renda inferior, trabalhavam mais em regime de plantão e realizavam menos atividades físicas de maneira regular. Entre Enfermeiros, o componente mais prevalente foi o colesterol alterado (40,5%); entre Técnicos de Enfermagem/Auxiliares, a obesidade abdominal (47,3%). Conclusão: ficou evidente a associação entre categoria de Enfermagem e Síndrome Metabólica, cuja ocorrência foi maior entre profissionais de nível técnico.