O setor de vigilância socioassistencial busca identificar e prevenir, por meio de indicadores, diagnósticos e estudos, situações de vulnerabilidades nos territórios. Porém, ao focar em questões vinculadas à pobreza, à privação de bens e direitos e à fragilização de vínculos familiares e comunitários, usualmente não engloba as injustiças ambientais que atingem desproporcionalmente os espaços de vivência dos grupos e das comunidades marginalizadas. Este artigo discute, por meio de revisão bibliográfica, como a compreensão e a mensuração das injustiças ambientais podem colaborar para as funções da vigilância socioassistencial e, de modo mais amplo, contribuir para a gestão das políticas sociais municipais. São sugeridos modos de aliar metodologias quantitativas e qualitativas como forma de contribuir para os trabalhos da vigilância socioassistencial e a promoção de políticas públicas.