Social representations elaborated by nurses about climacteric women in primary health care

Abstract

Objective: to understand the social representations elaborated by nurses from the family health strategy concerning the assistance to climacteric women. Methods: qualitative research conducted with 28 nurses. One adopted the reference of procedural approach of the theory of social representations. The interviews were recorded and transcribed completely and processed by the Software of Lexical Analysis of co-occurrence in simple statements of a text, version 4.7. Results: nurses recognize the menopause as a phase of women's life that needs to be assisted in its entirety, however, they showed difficulty in helping them, as they just carry out the cytological examination collection, request laboratory tests and forward them to a doctor. Conclusion: the climacteric period is a multifaceted phenomenon and the assistance to those people should be systematized from a qualified listening, in an approach that respects its uniqueness and autonomy. Descriptors: Nursing Care; Primary Health Care; Climacteric. Objetivo: apreender as representações sociais elaboradas por enfermeiras da Estratégia Saúde da Família acerca da assistência à mulher climatérica. Métodos: pesquisa qualitativa realizada com 28 enfermeiras. Adotou-se o referencial da abordagem processual da Teoria das Representações Sociais. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra e processadas pelo Software de Análise Lexical de Coocorrências em Enunciados Simples de um Texto versão 4.7. Resultados: as enfermeiras reconhecem o climatério como uma fase da vida da mulher que precisa ser assistida na sua integralidade, no entanto, demonstraram dificuldade em assisti-la, apenas realizam a coleta do exame citológico, solicitam exames laboratoriais e encaminham ao médico. Conclusão: o climatério é um fenômeno multifacetado e a assistência a esse público deve ser sistematizada a partir de escuta qualificada, numa abordagem que respeitem a sua singularidade e autonomia. Descritores: Assistência de Enfermagem; Atenção Primária à Saúde; Climatério.

Desafios na atuação do enfermeiro frente ao climatério e menopausa na Atenção Primária à Saúde

“…As enfermeiras apontaram o período climatério como uma fase no ciclo feminino com diferentes demandas, necessitando de assistência integral e diferentes abordagens para garantir o atendimento de qualidade. Isso envolve a relação profissional-paciente que deve ser pautada na ética, confiança, empatia, vínculo, humanização, acesso e resolutividade (Lopes et al, 2013;Pereira et al, 2016;Silva et al, 2016).…”

“…Sendo um período marcado por alterações físicas, psicológicas, emocionais ou ambientais, podendo ter influência de fatores diversos como hábitos, cultura, histórico pessoal e familiar. Além disso, elas associaram essa fase a uma série de ocorrências que colaboram para um quadro depressivo, que o começo do envelhecimento é desencadeado pelo climatério e redução da autoestima pela mudança do padrão estético do corpo jovem (Andrade et al, 2018;Silva et al, 2016).…”

“…Ademais, notou-se que o conhecimento sobre aromaterapia e uso de chás é limitado, sendo optado pelos enfermeiros por não dar seguimento e realizar encaminhamento, devido à falta de orientação e fornecimento de chás ou demais alternativas terapêuticas, não sendo evidenciada inclusão das Práticas Integrativas e Complementares à Saúde (PICS). Sendo práticas que o profissional deve contemplar de modo que amplie o conhecimento do processo saúde/doença e promoção do cuidado com ênfase no autocuidado (Banazeski et al, 2021;Silva et al, 2016).…”

“…Demonstraram que antes da intervenção, as mulheres apontaram deficiências nesse cuidado em quase todos os aspectos. Já posterior a ação educativa, houve uma mudança drástica, pois anteriormente 90% das mulheres referiram que o autocuidado era regular, 6,7% bom e 3,3% ruim, mas após a intervenção, 60% referiram autocuidado regular, 40% bom e nenhuma ruim (Martínez-Garduño et al, 2016;Silva et al, 2016).…”

“…Bem como os enfermeiros relataram que dividem a atuação entre gerenciamento, assistência e atividades diversas relacionadas a diferentes públicos. Outro fator, é a estrutura precária e que não oferta garantia de privacidade, além relatarem a dificuldade de trabalhar em comunidades com baixas condições socioeconômicas, tendo a unidade como referência curativa muitas vezes, também pela baixa procura por parte dessas mulheres (Fernandes et al, 2016;Lopes et al, 2013;Pereira et al, 2016;Silva et al, 2016).…”