“…Indivíduos portadores de déficits pragmáticos são capazes de formular expressões bem formadas (e até mesmo complexas) do ponto de vista sintático, mas que não se mostram apropriadas para o contexto no qual ocorrem (Rapin & Allen, 1983;Bishop & Rosenbloom, 1987;Bishop, 1989;Bishop & Adams, 1992;Conti-Ramsden, Crutchley & Botting, 1997;Leinonen & Letts, 1997;Shields et al, 1996aShields et al, , 1996bBishop, 1998;Botting & Conti-Ramsden, 1999;Bishop, 2000;Adams, 2003;Botting & Conti-Ramsden, 2003). Mais detalhadamente e de acordo com os pesquisadores aqui citados, estas crianças apresentam: aquisição tardia da linguagem (Bishop & Rosenbloom, 1987); discurso comprometido em termos de relevância, quantidade e referência; dificuldades em tarefas de ToM (Friedmann & Novogrodsky, 2008; 2011) (ver nota 8); respostas não-convencionais em tarefas de nomeação (Bishop & Rosenbloom, 1987;Friedmann & Novogrodsky, 2011); dificuldade de comunicação quando em interação social (Rapin & Allen, 1983); prolixidade; respostas literais (Friedmann & Novogrodsky, 2011;Norbury & Bishop, 2002); problemas na compreensão de discurso conectado (Rapin & Allen, 1983); problemas com inferência e perspectiva (Norbury & Bishop, 2002); na fala espontânea, fazem uso de pronomes sem estabelecimento prévio de seus referentes no discurso; em tarefas de julgamento de sentenças, dão preferência a DPs (Determiner Phrases) plenos em contextos nos quais crianças com desenvolvimento linguístico típico empregam pronomes (Friedmann & Novogrodsky, 2011).…”