“…De forma mais específica, os circos contemporâneos foram evidenciados como heterotopias de desvio, pois se tornar um artista de circo produz esse sujeito como transgressor em relação às normas exigidas de formação e de trabalho profissional. Além disso, a associação da arte com o trabalho não remunerado, afinal ser é artista é ser louco e trabalha por amor, portanto não sendo produtivo para a sociedade (Diário de Campo, 25 de maio de 2011), destaca a atividade artística como aparentemente produzido fora do enclave do mercado (Dourado, Holanda, Silva, & Bispo, 2009). Com efeito, essas heterotopias de desvio configuram outros espaços organizacionais que não os circos tradicionais, tão pouco os modelos organizativos formalizados, mas outros espaços, bem como outros sujeitos.…”