Neste artigo investigamos o desenvolvimento normativo da metáfora de réguas (Maßstäbe) no período intermediário da filosofia de Wittgenstein. Esta metáfora foi apresentada marginalmente no Tractatus para ilustrar como determinamos o sentido de proposições. Contudo, a partir de 1929, após alguns problemas lógicos acerca do estatuto da necessidade e da exclusão em alguns domínios linguísticos (comona atribuição de cores a pontos visuais), a metáfora de réguas toma gradualmente a centralidade da discussão. Aqui, nós examinamos como e por que esta metáfora acompanhou a emergência das discussões de normatividade na Filosofia de Wittgenstein no começo da década de 1930. Isto pode ser explicado porque Maßstäbe não são só instrumentos de medida, mas também são objetos de referência. Elas tambémsignificam critérios ou regras, largamente convencionais, pelos quais outras coisas são avaliadas.AbstractThis paper investigates the normative development of the metaphor of rulers (Maßstäbe) in the middle period of Wittgenstein’s philosophy. This metaphor was marginally presented in the Tractatus to illustrate how the sense of propositions is to be determined. However, from 1929 onwards, after some logical problems concerning the nature of necessity and the exclusion in some linguistic domains (as the ascriptionof colors to visual points), the metaphor of rulers became gradually more central to his discussions. Here we will examine how and why this metaphor follows the emergency of the discussions on normativity of language in Wittgenstein’s Philosophy in the beginning of the 1930’. This will be explained by observing that Maßstäbe are not just an instrument for measuring things; they are also reference objects. They alsomean criteria or rules, largely conventional, by which things are evaluated.