O livro didático (LD) vem sendo objeto de pesquisa científica desde o início do século passado, por ser um meio de comunicação de ampla produção e circulação e por sua relevância no ensino básico. Contudo, ainda há poucas pesquisas que investigam o processo de escolha destes materiais didáticos. Portanto, objetivou-se compreender a perspectiva de professores(as) de História, tendo como parâmetro as normativas do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) para o Ensino Médio de 2018. Investigou-se como ocorre este processo e quais são os critérios para a escolha destas ferramentas de ensino. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, que partiu de uma revisão bibliográfica sobre os livros didáticos, analisou os documentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e realizou uma pesquisa de campo com os professores(as) de História do Ensino Médio da rede pública estadual de Chapecó – SC e da rede federal do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Para o tratamento dos dados, recorreu-se à Análise de Conteúdo. Os resultados desta pesquisa inferem que apenas docentes do IFSC tiveram suas escolhas de LDs totalmente respeitadas. Além disso, identificaram-se falhas na adoção de medidas indicadas pelo PNLD em relação à transparência, à participação das secretarias e gestão escolar, e ao tempo para efetuar a escolha das obras. Observou-se também interferências das editoras na rede estadual. Em relação aos critérios de seleção destes(as) professores(as), percebeu-se prioridade quanto à corrente historiográfica adotada por estes materiais e à possibilidade de utilizar as imagens enquanto fontes históricas.