Sítio Santo Antonio da Bica

Abstract

O artigo procura desdobrar uma afirmação do paisagista brasileiro Roberto Burle Marx, que costumava dizer que justo ele, criador de tantos jardins públicos e privados, jamais criara um para si próprio. A reflexão sobre as razões pelas quais a sua propriedade em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, o Sítio Santo Antônio da Bica, não poderia ser qualificada como um jardim conduz à investigação da relação entre coleções botânicas e artísticas, e do uso da coleção como um modelo formal para o paisagista.

Geografie inaspettate. Alla ricerca di nuovi linguaggi e relazioni tra comunità vegetali e persone

“…In questo ambiente fiorente Roberto Burle Marx si formava attraverso l'ascolto di opere, concerti e visite ai musei, tra cui l'orto botanico di Berlino-Dahlem (Sá Carneiro, 2019). 6 Una ricca collezione di specie botaniche è conservata all'interno del Sítio Roberto Burle Marx (SRBM) ubicato nel quartiere di Barra de Guaratiba, nella zona occidentale di Rio de Janeiro, con una superficie di oltre 400.000 m² con una collezione di oltre 3500 specie botaniche (Siqueira, 2017). 7 Il termine Antropocene nasce per la prima volta negli anni '80 da Eugene F. Stoermer per poi essere riutilizzato negli anni 2000 dal premio Nobel per la chimica Paul Crutzen in una conferenza in Messico.…”

Edição Completa

“…(Lénard, 1941, p. 38) Com permeiam vida e obra do artista: a busca pelo genuinamente brasileiro e a valorização dos fazeres e saberes do povo -em especial a arte popular. (Gomes, 2021, p. 35) Além disso, autores de trabalhos recentes sobre essas coleções, como Vera Beatriz Siqueira (2017aSiqueira ( , 2017bSiqueira ( , 2017c, costumam enfatizar, em uma visão de conjunto, sua variedade e seu ecletismo: "Esse conjunto eclético forma uma narrativa complexa de proximidade" (Siqueira, 2017c, p. 209). Hanna Levy, por sua vez, escrevendo ainda na década de 1940, atém--se aos objetos sacros, que usa como pedra de toque para dar continuidade a suas reflexões sobre as especificidades da arte brasileira, já empreendidas em outros momentos a partir do estudo da pintura colonial.…”

Em alguns instantes, mais uma coleção de arte e mais um estudo sobre coleções...

“…Como todo o processo de venda pública de uma coleção, as peças precisaram ser identificadas, datadas, precificadas e divididas em lotes -uma outra sorte de sistema que apresenta obras sob certos aspectos para atraírem compradores. (Popova, 2017;Siqueira, 2017;Silva, 2017;Palmeri, 2018;Valego, 2018;Tinoco, 2018;Santos;Montechiare, 2019;Faulhaber, 2019;Tatsch, 2021;Porfirio, 2022;Marcondes, 2022;Almeida, 2022)…”