Abstract:RESUMOCom o aumento do cultivo do milho no sistema plantio direto (SPD), várias espécies vegetais de inverno estão sendo avaliadas, visando à obtenção de uma cobertura de solo que beneficie o milho cultivado em sucessão e o SPD. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de três densidades de semeadura de aveia preta e ervilhaca comum em sistemas consorciados e em cultivos isolados e de três níveis de adubação nitrogenada (zero, 60 e 160 kg ha -1 ) aplicados em cobertura sobre a cultura do milho em sucessã… Show more
“…Com essa estratégia de manejo, pode-se manter adequada quantidade de palha na superfície do solo, importante para a sustentabilidade do sistema semeadura direta, além de aumentar a disponibilidade de N para o milho em sucessão pelos processos de fixação biológica e de reciclagem. Esses dados confirmam os obtidos por BORTOLINI et al (2000) de que o uso do consórcio de aveia preta com ervilhaca comum diminui a necessidade de adubação nitrogenada no milho em sucessão, sem reduzir o rendimento total de matéria seca nos sistemas de consórcio de espécies em relação ao cultivo isolado de aveia preta.…”
O uso de aveia preta (Avena strigosa) como espécie de cobertura de solo no inverno causa imobilização do nitrogênio (N), que reduz o desenvolvimento da planta e o rendimento de grãos de milho cultivados em sucessão. Desta forma, o consórcio de aveia preta com espécies leguminosas como ervilhaca comum (Vicia sativa) e com brassicáceas, como nabo forrageiro (Raphanus sativus), visa a aumentar a disponibilidade de N no sistema e o tempo de permanência de resíduos na superfície do solo. Foram conduzidos dois experimentos em Eldorado do Sul-RS, nas estações de crescimento 2001/2002 e 2002/2003. O primeiro experimento teve o objetivo de avaliar o efeito de três espécies de cobertura de solo no inverno, implantadas de forma isolada e consorciadas, sobre o rendimento de grãos de milho em sucessão, com e sem aplicação de N em cobertura. O segundo experimento, por sua vez, visava a determinar a proporção mais adequada de sementes de nabo forrageiro e de aveia preta em consórcio para maior benefício ao milho em sucessão, sob diferentes níveis de N em cobertura. No primeiro experimento, os tratamentos constaram da aplicação de 150kg ha-1 de N no milho em cobertura, de uma testemunha sem aplicação deste nutriente e de sete sistemas com plantas de coberturas de solo no inverno. No segundo experimento, os tratamentos constaram da aplicação de dois níveis de N (75 e 150kg ha-1) no milho, de uma testemunha sem aplicação de N em cobertura e de cinco sistemas de coberturas de solo no inverno. Nos sistemas consorciados, independentemente da proporção de sementes utilizada, o nabo forrageiro contribuiu com a maior parte do rendimento total de matéria seca. O consórcio de ervilhaca comum ou de nabo forrageiro com aveia preta minimiza o efeito negativo desta espécie sobre o rendimento de grãos de milho em sucessão, especialmente em sistemas com menor disponibilidade de N e, mesmo sob alto nível de N, o rendimento de grãos de milho também aumenta quando em sucessão à ervilhaca.
“…Com essa estratégia de manejo, pode-se manter adequada quantidade de palha na superfície do solo, importante para a sustentabilidade do sistema semeadura direta, além de aumentar a disponibilidade de N para o milho em sucessão pelos processos de fixação biológica e de reciclagem. Esses dados confirmam os obtidos por BORTOLINI et al (2000) de que o uso do consórcio de aveia preta com ervilhaca comum diminui a necessidade de adubação nitrogenada no milho em sucessão, sem reduzir o rendimento total de matéria seca nos sistemas de consórcio de espécies em relação ao cultivo isolado de aveia preta.…”
O uso de aveia preta (Avena strigosa) como espécie de cobertura de solo no inverno causa imobilização do nitrogênio (N), que reduz o desenvolvimento da planta e o rendimento de grãos de milho cultivados em sucessão. Desta forma, o consórcio de aveia preta com espécies leguminosas como ervilhaca comum (Vicia sativa) e com brassicáceas, como nabo forrageiro (Raphanus sativus), visa a aumentar a disponibilidade de N no sistema e o tempo de permanência de resíduos na superfície do solo. Foram conduzidos dois experimentos em Eldorado do Sul-RS, nas estações de crescimento 2001/2002 e 2002/2003. O primeiro experimento teve o objetivo de avaliar o efeito de três espécies de cobertura de solo no inverno, implantadas de forma isolada e consorciadas, sobre o rendimento de grãos de milho em sucessão, com e sem aplicação de N em cobertura. O segundo experimento, por sua vez, visava a determinar a proporção mais adequada de sementes de nabo forrageiro e de aveia preta em consórcio para maior benefício ao milho em sucessão, sob diferentes níveis de N em cobertura. No primeiro experimento, os tratamentos constaram da aplicação de 150kg ha-1 de N no milho em cobertura, de uma testemunha sem aplicação deste nutriente e de sete sistemas com plantas de coberturas de solo no inverno. No segundo experimento, os tratamentos constaram da aplicação de dois níveis de N (75 e 150kg ha-1) no milho, de uma testemunha sem aplicação de N em cobertura e de cinco sistemas de coberturas de solo no inverno. Nos sistemas consorciados, independentemente da proporção de sementes utilizada, o nabo forrageiro contribuiu com a maior parte do rendimento total de matéria seca. O consórcio de ervilhaca comum ou de nabo forrageiro com aveia preta minimiza o efeito negativo desta espécie sobre o rendimento de grãos de milho em sucessão, especialmente em sistemas com menor disponibilidade de N e, mesmo sob alto nível de N, o rendimento de grãos de milho também aumenta quando em sucessão à ervilhaca.
“…The lack of response of maize to the inoculation, as well as to the conventional top-dressing fertilization, may be associated with the favorable climatic conditions along the crop cycle ( Figure 1) and the high yield in the control treatment. This high yield in the control treatment without N fertilization is due to the natural stock of N in the experimental area, since maize was cultivated after an intercropping of cover plants mainly composed of leguminous plants with low C/N ratio, increasing N availability in the system and its absorption by the plant (Bortolini et al, 2000).…”
A B S T R A C TThe aim of this study was to evaluate the response of maize to inoculation with strains of plant growth-promoting bacteria (PGPB) in two cultivation years. The experiment was set in a randomized block design with four replicates in two cultivation years (2012/13 and 2013/14). The treatments consisted of PGPB inoculation: control (without N and without inoculation); 30 kg of N ha -1 at sowing (N1); 160 kg of N ha -1 (N1 + 130 kg of N ha -1 as top-dressing); N1 + A. brasilense, Ab-V5; N1 + A. brasilense, HM053; N1 + Azospirillum sp. L26; N1 + Azospirillum sp. L27; N1 + Enhydrobacter sp. 4331; N1 + Rhizobium sp. 8121. Basal stem diameter, plant height, leaf area, shoot dry matter and yield were evaluated. The strain of Rhizobium sp. 8121and the isolate Azospirillum sp. L26 associated with 30 kg of N ha -1 at sowing promoted yields equivalent to that of the N fertilization of 160 kg ha -1 , demonstrating the potential to be used in the inoculation of maize seeds.Resposta do milho à inoculação de estirpes de bactérias promotoras do crescimento de plantas R E S U M O Neste trabalho objetivou-se avaliar a resposta do milho à inoculação de estirpes de bactérias promotoras do crescimento de plantas (BPCP's) em dois anos de cultivo. O experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições em dois anos de cultivo (2012/13 e 2013/14). Os tratamentos foram constituídos pela inoculação de BPCP's: controle (sem N e sem inoculação); 30 kg ha -1 N na semeadura (N1); 160 kg ha -1 N (N1 + 130 kg ha -1 N em cobertura); N1 + A. brasilense, Ab-V5; N1 + A. brasilense, HM053; N1 + Azospirillum sp., L26; N1 + Azospirillum sp., L27; N1 + Enhydrobacter sp. 4331; N1 + Rhizobium sp. 8121. Diâmetro basal do colmo, altura da planta, área foliar, massa seca da parte aérea e produtividade foram avaliados. A estirpe de Rhizobium sp. 8121 e o isolado de Azospirillum sp. L26 associados à adubação com 30 kg ha -1 N na semeadura proporcionaram produtividades equivalentes à adubação com 160 kg ha -1 N demonstrando potencial para serem utilizadas na inoculação de sementes de milho.
“…O primeiro, com os maiores valores de acúmulo de N e de produção de MS de milho, é aquele em que foram aplicados 180 kg ha -1 de N no Apesar disso, constatou-se, em trabalho paralelo a este, que 42 dias após o manejo das plantas de cobertura, a quantidade média de N mineral no solo da camada 0-90 cm no tratamento com ervilhaca solteira superou aquela encontrada no pousio em 55 kg ha -1 de N mineral, em 1998/99, e em 37 kg ha -1 de N mineral, em 1999/00. Esses resultados são semelhantes aos obtidos por Wagger (1989) e Bortolini et al (2000), evidenciando a assincronia entre a liberação de N dos resíduos culturais da ervilhaca e a demanda em N do milho. O potencial de perdas desse N mineral por volatilização de amônia, denitrificação e, principalmente, por lixiviação de N-NO 3 -reforça a importância de seguir a estratégia proposta por Heinzmann (1985) A melhor resposta do milho à aplicação de N mineral, em relação à ervilhaca, nos dois últimos anos, pode ser atribuída ao fato de ter sido a adição de N pela fitomassa da leguminosa solteira inferior à do primeiro ano.…”
Section: Resultados E Discussão Nitrogênio Acumulado Pelo Milho Duranunclassified
“…São poucos os estudos que envolvem o consórcio entre plantas de cobertura do solo no outono/inverno na região Sul do Brasil, restringindo-se ao consórcio entre aveia e ervilhaca (Amado et al, 2000;Bortolini et al, 2000;Heinrichs et al, 2001). É necessário ampliar o número de espécies, bem como estabelecer qual a proporção de cada espécie nos consórcios, a fim de maximizar o fornecimento de N ao milho.…”
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