Sistema de Internet das Coisas para Detecção de Incêndios Florestais

Abstract

Este artigo apresenta o resultado dos testes de sensores e de módulos de comunicação comerciais efetuados como parte do desenvolvimento de um protótipo de sistema de Internet das Coisas (IoT) de baixo custo para a detecção precoce de incêndios florestais. O sistema é composto por três partes: (1) nós sensores, que medem a temperatura, a umidade e a concentração de gases inflamáveis do ambiente; (2) um gateway, que recebe os dados lidos pelos nós e os envia para a Internet; e (3) um sistema Web para mostrar as medições dos sensores. Os testes dos sensores indicaram que estes captam apenas informações do ambiente próximo, dificultando o monitoramento de áreas extensas. Os testes dos módulos de comunicação em um ambiente de vegetação de cerrado mostraram transmissões de dados a distâncias de aproximadamente 200 metros para o padrão Wi-Fi e 500 metros para o LoRa, confirmando que este possui um maior alcance do que o Wi-Fi, porém não alcança a distância de alguns quilômetros, esperada segundo as especificações do padrão.

Análise Espacial da Distribuição de Sensores para Detecção de Incêndios Florestais no Parque Estadual da Serra do Rola Moça

“…Esses sistemas possuem um menor tempo entre o início do incêndio e o alerta aos responsáveis, além de uma maior manutenibilidade. [Alkhatib 2014, tradução nossa ] Esse artigo se propõe a dar continuidadeà pesquisa sobre um sistema de internet das coisas para detecção de incêndios florestais realizada por [Albuquerque et al 2020] ao definir o posicionamento e quantificação de sensores naárea de estudo.…”

“…O objetivo dessa pesquisaé definir espacialmente a melhor disposição para sensores que possam indicar a ocorrência, em tempo real, de um incêndio naárea de estudo. Esses sensores, em conjunto com dispositivos de comunicação e uma plataforma Web de monitoramento, fazem parte do desenvolvimento de um sistema protótipo de Internet das Coisas [Albuquerque et al 2020]. Espera-se utilizar dados de monitoramento via satélite para definir a posição dos sensores, de forma a considerar o histórico de focos de queimadas naárea de estudo, pois, dessa forma, aglutina-se a influência exercida por questões de infraestrutura, climatológicas, topográficas e antrópicas no decorrer dos anos.…”

“…A conclusão obtida por [Albuquerque et al 2020] relativaà atuação dos sensores revelou que estes só detectam o fogo em suas proximidades imediatas, ou seja, não possuem um raio de atuação. [Argany et al 2011] propôs uma abordagem que se valia de uma análise espacial com diagrama Voronoi e triangulação de Delaunay para otimizar uma rede de sensores wireless, entretanto, a característica de atuação dos sensores avalidados por [Albuquerque et al 2020] implicou na adoção de uma metodologia distinta.…”