Neste trabalho, seguindo a trilha de Jacques Rancière, Chantal Mouffe e Ernesto Laclau, focalizamos o conceito de política como o nome de um determinado modo de confronto entre sujeitos. Trata-se de um confronto sobre o próprio significado de o que são as relações entre os sujeitos e o que cabe a cada um numa sociedade. Estudamos aqui a política considerando os conceitos de Rancière de polícia, política, partilha do comum e partilha do sensível, assim como os conceitos de Chatal Mouffe e Ernesto Laclau de política e equivalência. Na primeira parte da dissertação, abordando a obra desses filósofos, então, definimos a que fenômeno nos referimos. Na segunda parte, abordamos os fenômenos apresentados na discussão filosófica do ponto de vista da psicanálise, considerando a teoria freudiana e os desenvolvimentos propostos pelo teórico crítico alemão Herbert Marcuse, o psicanalista francês Jean Laplanche e o psicanalista argentino León Rozítchner. Nossa hipótese é que a política é um confronto de vida e morte acerca de visões de mundo divergentes, que implicam formas específicas de subjetivação e de formação de massa.