, tanto tempo explorada pela Psicologia e Psicanálise, deslizou ultimamente também para a Neurologia, sobretudo no domínio do sistema neurovegetativo. Firmou-se também, para o futuro imediato da Psiquiatria, promissor roteiro na área psicossomática, pois, com resultados neurofisiológicos, percorrem-se velhos problemas que embaraça-vam os psiquiatras.Em trabalho anterior sôbre a psicofisiodinâmica da dor falamos na regulação central e periférica 9 ; detivemo-nos, não em questões anátomo-topográficas dos distúrbios sensitivos, mas na sua psiconeurofisiodinâmica. Fora da Neurologia, também o internista e o cirurgião encontram dificuldades na questão da regulação central e periférica dos sintomas psicossomáticos. Úl-ceras pépticas, eczemas, asmas, hipertensões arteriais, colites e nevralgias que resistem aos tratamentos tradicionais são fàcilmente admitidas como de origem central e psicógena. Poucas vezes o clínico e o cirurgião pensam em regulação central, excluindo, ao mesmo tempo, o fator psíquico. O neurologista sabe que o sintoma pode ter determinismo central e não ser psicogênico. O internista sabe de umas poucas eventualidades semelhantes (a úlcera de estômago ou a angina de peito podem decorrer de lesões no diencéfalo ou mesmo no córtex). Mas isso é eventualidade excepcional e, em geral, achado de autópsia.O advento da psicofarmacologia, ao lado do avanço neurofisiológico, permitiu melhor visão de fatos que provam que a alternativa da regulação central e periférica de sintomas se estende muito além do que já é reconhecido, alcançando quase toda a área da Psicossomática com uma dinâmica tão comprovável e objetiva que quando dizemos regulação central não pensamos só em "psíquico", mas também no neural como qualquer fenômeno neurológico tradicional.