“…Isso demonstraria, sob a perspectiva de Fink, que Husserl foi capaz de enxergar o problema da determinação da subjetividade transcendental ou absoluta, mas, ao mesmo tempo, revelaria igualmente a insuficiência do seu modelo de análise para oferecer uma resposta satisfatória ao problema mais geral da constituição, na medida em que insiste em considerá-lo a partir do modelo da constituição intencional de objetos -da Gegenstandskonstitution (Fink, 2008, p. 270) -e que pensa a consciência constituinte como a "contraparte" [Gegenstück] do ente constituído, como se o ato de constituição e o conteúdo constituído pudessem ser pensados a partir, novamente, do modelo sentido-conteúdo (De Almeida, 1972). O que Fink percebe, portanto, é que Husserl aponta para os limites aporéticos da própria análise fenomenológica, sem haver, contudo, os meios metodológicos para lhes oferecer uma resposta satisfatória.…”