Síndromes hipertensivas gestacionais: impacto da pré-eclâmpsia na saúde das gestantes

Abstract

Objetivo: Identificar as principais consequências clínicas a curto e longo prazo da pré-eclâmpsia para a gestante e quais são os fatores de risco associados a esse quadro patológico. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com artigos publicados entre 2016 a 2021, nos idiomas português e inglês, com texto completo disponível. Utilizou-se como questão norteadora: Qual a relação entre os fatores de risco e as complicações clínicas frente os impactos da pré-eclâmpsia na saúde das gestantes? A pesquisa bibliográfica foi realizada em outubro de 2021, sendo utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PubMed. Os descritores utilizados foram: “pré-eclâmpsia”, “preeclampsia”, “manifestações clínicas da pré-eclâmpsia”, “preeclampsia clinical manifestation”, “sintomas da pré-eclâmpsia”, “preeclampsia symptoms”. Resultados: 18 (dezoito) artigos que estavam dentro dos critérios estabelecidos foram qualitativamente selecionados. Discussão: Os artigos selecionados constataram que quanto mais cedo forem identificados as causas e fatores de risco associados à pré-eclâmpsia, melhor será o prognóstico da paciente. Considerações finais: A identificação dos fatores de risco favorece diagnóstico e intervenção terapêutica precoces da pré-eclâmpsia, favorecendo a involução do quadro, caso contrário a gestante poderá evoluir para complicações clínicas significativas.

Impactos da pré eclâmpsia na gravidez

“…A pré-eclâmpsia (PE) é uma patologia que apresenta sérios riscos para o bebê, tendo em vista que causa alterações hemodinâmicas importantes. Sabese que esta condição afeta, negativamente, a placenta, colaborando para que ela funcione de forma inadequada ou, raramente, pode ocorrer um quadro chamado de ruptura prematura da placenta, favorecendo com que o bebê seja prematuro (TEIXEIRA et al, 2022).…”

“…Sabe-se que várias doenças são atreladas à prematuridade, sendo as principais a hemorragia intraventricular, enterocolite necrotizante e síndrome aguda respiratória, portanto, também são patologias frequentes em neonatos de mães com pré-eclâmpsia. Outrossim, com a ineficácia placentária ou seu desprendimento, o fluxo de oxigênio e nutrientes é prejudicado, podendo levar a lesões teciduais ou até mesmo a morte fetal, além de retardar o crescimento intrauterino do bebê (TEIXEIRA et al, 2022).…”