O transplante de útero vem sendo analisado para sua admissão nos transplantes regulamentados no Brasil, uma vez que o comprometimento uterino é um importante causa de morbidade em todo o mundo, sendo responsável por acometer a harmonia familiar ao tornar-se um grande entrave para a geração de um filho. Logo, há ocorrências de más formações uterinas que não podem ser corrigidas por meio de cirurgia, além da infertilidade pela ausência do útero, que são fatores determinantes para indicação do transplante de útero. Esse procedimento cirúrgico é uma nova técnica utilizada especialmente em pacientes com diagnóstico de infertilidade total de razão uterina, em que o útero vigoroso é doado para uma mulher acometida pelo Fator de Infertilidade Uterina, como também mulheres com idade inferior a 44 anos que já passaram por cirurgia de remoção do útero, concedendo boas chances se persistir o desejo de engravidar. Assim, o transplante de útero é caracterizado como um procedimento complexo, que pode acarretar em riscos para a doadora e receptora no pós operatório, mas que também possui muitas taxas de sucesso, posto que em todo o mundo cerca de 50 transplantes de útero já foram realizados, e desses, 16 transplantações tiveram bons resultados.