Síndrome da Paralisia Supranuclear Progressiva: As dificuldades de diagnóstico e a atuação da Equipe multidisciplinar quanto aos cuidados à pessoa afetada por esta doença

Abstract

A Síndrome da Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) é doença neurodegenerativa do Sistema Nervoso Central (SNC), rara, e de difícil diagnóstico, afetando principalmente o tronco cerebral e os núcleos da base. O quadro clínico se caracteriza por oftalmoparesia supranuclear, instabilidade postural e demência. O objetivo do estudo foi investigar a fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e assistência da equipe multidisciplinar às pessoas com PSP. Revisão integrativa de 15 artigos publicados na base de dados da Biblioteca Virtual da Saúde, BVS, envolvendo estudos de casos e pesquisa de campo. O estudo revelou pouca publicação acerca da doença e, por ser rara, não existe fármaco eficiente e eficaz; o diagnóstico é limitado nas primeiras manifestações, e somente possível por meio de exames mecanicistas. Em razão de existir parco material sobre a assistência a estes casos, sugere-se que os Conselhos, Associações de Neurologia e demais especialidades envolvidas no tratamento desenvolvam, divulguem mais detalhes sobre a doença, a fim de se criar um protocolo de atendimento integral aos afetados pela síndrome, bem como o necessário apoio aos familiares e cuidadores, que auxilie nas práticas da assistência ambulatorial e familiar.

Paralisia supranuclear progressiva (síndrome de Steele-Richardson-Olszewski): relato de caso

“…A fisiopatologia está relacionada ao acúmulo celular de proteína tau no cérebro. Sabe-se que a doença não é infecto contagiosa, não está associada à exposição ambiental, afeta majoritariamente homens e tem início na quarta década de vida, com prevalência estimada de 6 casos por 100.000 habitantes (MOTA JP et al, 2017). O diagnóstico da PSP, apesar de difícil, é confirmado por exames anatomopatológicos e, até então, não há cura para a doença, apenas possibilidade de estabilizar o quadro (ZAMPIERI e DI FABIO, 2006).…”