“…Enquanto a presença da mulher no mercado formal continua escassa, pois, esta, predomina em setores muito bem definidos da economia, como a área têxtil, tida como uma espécie de "extensão" das atividades do lar, e que "coincidentemente" continua sendo as de menor reconhecimento social e salarial (SAFFIOTI, 2013;FEDERICI, 2021). A partir dos anos 1980, novos rumos começaram a ser ditados pelos movimentos feministas e os questionamentos à estabilidade dessa ordem hierárquica e dicotômica cresceram, ganhando força na produção acadêmica, uma vez que se tornou substancial a diferenciação (e a problematização) entre sexo e gênero para uma ampliação mais inclusiva do debate, bem como para a construção de uma nova agenda de reivindicações econômicas, políticas e sociais (BIROLI; MIGUEL, 2015;RECOARO, 2023).…”