INTRODUÇÃOVitaminas são substâncias orgânicas presentes em muitos alimentos em pequenas quantidades e indispensáveis ao funcionamento do organismo, na forma de co-fatores. Sua ausência sistemática na dieta resulta, quase sempre, em crescimento e desenvolvimento deficientes e outras perturbações orgânicas, configurando-se um quadro sintomatológico característico de carência. Independentemente dos fatores do ambiente, a maioria dos organismos animais é incapaz de sintetizá-las por via anabólica, razão pela qual precisam ser incluídas nas dietas; em geral, são necessárias em microquantidades e em função da idade, sexo, estado fisiológico e atividade física do indivíduo. Os requerimentos nutricionais desses micronutrientes aumentam durante os períodos de crescimento, gestação e lactação, nas condições de trabalho intenso e ocorrência de determinadas doenças, notadamente as infecciosas 1,2 . Tradicionalmente, as vitaminas são classificadas em lipossolúveis e hidrossolúveis, de acordo com propriedades fisiológicas e físico-químicas comuns [1][2][3] . Os textos modernos de bioquímica 3 vêm propondo uma subclassificação para as hidrossolúveis, baseada em suas funções bioquímicas (captadoras e libertadoras de energia, papel na hematopoese, etc).As vitaminas lipossolúveis, notadamente A, D e E, têm merecido destaque quando do desenvolvimento de produtos enriquecidos e vitaminados, com o intuito de assegurar ao público infantil o suprimento destes micronutrientes essenciais ao crescimento, desenvolvimento e outras funções biológicas [1][2][3][4][5] . Crianças e jovens são extremamente sensíveis às variações dos teores de vitaminas A e D em função das baixas reservas ao nascer, rápido crescimento, diferenciação celular e alto "turnover" destes nutrientes em relação aos dos adultos [1][2][3] . O interesse crescente em relação à demanda orgânica de nutrientes, o estabelecimento de padrões nutricionais de ingestão, a preocupação mundial quanto à confiabilidade dos valores destes nutrientes declarados nos rótulos dos alimentos enriquecidos e vitaminados e a possível toxicidade de alguns deles tem ressaltado a necessidade de se determinar a composição química dos micronutrientes em alimentos. Impõe-se, assim, o desenvolvimento de metodologias seletivas e apropriadas ao reconhecimento de formas com distintas bioatividade e biodisponibilidade 1,6,7 . A estreita relação entre dieta e saúde faz com que aumente a preocupação dos consumidores em ingerir alimentos nutritivos ou de alta qualidade como, por exemplo, os fortificados ou enriquecidos e os vitaminados 5,6 . Lamentavelmente, a adição desses micronutrientes a produtos industrializados também tem sido utilizada como mera estratégia de "marketing", onde os interesses comerciais prevalecem, em detrimento das reais necessidades do indivíduo.A padronização de métodos para determinação das vitaminas lipossolúveis em alimentos é dificultada devido à diversidade de procedimentos descritos na literatura 8-9 e à morosidade da aplicação da técnica oficial 10 da "Association Official of A...