Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e a efetividade do acompanhamento de crianças e adolescentes atendidos em uma rede de atenção à saúde por violência autoprovocada. Métodos: Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo por meio da análise de 177 fichas de notificação compulsória de violência interpessoal/autoprovocada e planilha de monitoramento online. Resultados: A amostra foi majoritariamente composta por adolescentes do sexo feminino (77,40%) entre 15 e 18 anos (56,50%), com índice de reincidência elevado (45,20%). Os principais locais de escolha identificados para abreviar a vida foram a residência (85,31%) e a escola (5,08%), tendo como meios mais utilizados o envenenamento/intoxicação (65,38%) e o uso de objetos perfurocortantes (26,37%). Conclusão: O presente estudo evidenciou que adolescentes maiores de 15 anos, do sexo feminino, com deficiências/transtornos, e histórico de tentativas prévias apresentam risco aumentado para o suicídio, o que demonstra a necessidade de ferramentas mais efetivas para o acompanhamento das vítimas.