Sessão especial - Fast Track SEMEAD: Antecedentes do conflito trabalho‐família: diferenças entre a percepção de homens e mulheres nas melhores empresas para você trabalhar

Percepções Das Mulheres Trabalhadoras Sobre a Relação Trabalho-Família: Contribuições Qualitativas Da Indústria Brasileira

“…Além das estratégias que podem ser praticadas pelos próprios trabalhadores, as organizações também podem oferecer ações de apoio à família no local de trabalho de forma a contribuir para que os resultados psicológicos dos funcionários melhorem ao longo do tempo, tanto no que diz respeito ao trabalho quanto ao nãotrabalho (Brough, O'driscoll & Kalliath, 2005). Algumas ações de apoio à família incluem: flexibilidade no trabalho (Faria & Rachid, 2015); home office (Oliveira, Lucas & Casado, 2017); trabalho a tempo parcial (Oishi, Chan, Wang & Kim, 2015); opções de licença especializadas incluindo licença de falecimento, licença maternidade remunerada, licença paternidade e licença paga para cuidar de familiares doentes (Bardoel, 2003); apoio a cuidado de dependentes (Afrianty, Burgess & Issa, 2015); apoio gerencial (Chang, Chin & Ye, 2014;Stoiko, Strough & Turiano, 2017) e apoio social (Achour, Khalil, Ahmad, Nor & Yusoff, 2017).…”

“…A síntese dos resultados é apresentada na Figura 2. (Bardoel, 2003;Afrianty et al, 2015;Faria e Rachid, 2015;Oishi et al, 2015;Achour et al, 2017;Oliveira et al, 2017;Stoiko et al, 2017). Por fim, destaca-se ainda que o apoio gerencial, social e dos colegas de trabalho, quando relacionados com os benefícios citados anteriormente podem produzir sentimentos positivos nos trabalhadores, levando-os a crer que podem progredir na carreira de acordo com suas aptidões, não sendo discriminados por equilibrarem diversos papéis (Chang et al, 2014).…”

Conciliação trabalho-família no cotidiano de mulheres executivas: uma perspectiva de gênero

“…Observa-se, aqui, como as ações afirmativas colocam em jogo a questão da igualdade e da diferença (Scott, 2005), uma vez que é preciso afirmar a diferença entre homens e mulheres em posições de poder para que seja possível construir a equidade de gênero nesses espaços. Chama atenção o questionamento do "merecimento" dessas iniciativas, concebido novamente como suspeita em relação ao sucesso das mulheres (Puppim, 1994) É possível notar que as empresas estão adotando medidas de conciliação trabalho-família que são vistas como positivas nas narrativas das participantes, mas que ainda são pontuais e insuficientes (Oliveira et al, 2016). A insuficiência de equipamentos públicos e privados que permitam uma coletivização das tarefas domésticas e de cuidado perpetuam as responsabilidades familiares e profissionais como um assunto privado (Sorj et al, 2007).…”

À Mulher Somente O Que É Para a Mulher?: Identidade, Estereótipos E Conflitos De Gênero Na Polícia Militar Do Rio De Janeiro

“…Planejamento, diversificação de interesses, atenção a tendências e tomada de decisão em relação aos melhores caminhos a serem seguidos são fatores facilitadores deste projeto e aumentam a empregabilidade (BALASSIANO, SEABRA e LEMOS, 2005;LEMOS, 2006 O conflito trabalho-família é oriundo, dentre outras coisas, de anomalias temporais típicas da rotina profissional contemporânea, as quais tornam impossível o pleno atendimento ao papel da mulher no seio familiar. Em termos práticos, a extensão da jornada de trabalho sem o devido planejamento, mudanças imprevistas na rotina laboral e falta de flexibilidade nos horários de trabalho são pontos nevrálgicos causadores desta desordem (PLECK et al, 1980;OLIVEIRA, LUCAS E CASADO, 2017).…”

“…Assim, o não cumprimento de políticas de proteção a pessoas nestas situações é experimentado de forma dramática por algumas mulheres policiais. Diante dos diversos relatos que aludem ao fenômeno do conflito trabalhofamília vivido por policiais femininas, é possível inferir que a plena assunção dos papéis de profissional e mãe também constitui um desafio na rotina das mulheres policiais, uma vez que, além das demandas profissionais cotidianas, em alguns casos, a falta de empatia por parte dos superiores causa transtornos ainda maiores, advindos, nestes casos, da pouca flexibilidade nas escalas de trabalho (PLECK et al, 1980;OLIVEIRA, LUCAS E CASADO, 2017), além do impedimento à aquisição de direitos legais, como nos casos em que é necessário se afastar do trabalho. Este cenário, portanto, vem a causar insatisfação e desordens nas esferas familiares das entrevistadas.…”