A Violência contra a mulher tem diversas expressões na sociedade, desde os sexismos presentes nas relações cotidianas, passando pelas desigualdades salariais e pelos trabalhos domésticos não remunerados até a violência que ocorre nas relações de intimidade ou no âmbito doméstico, chegando ao seu ápice no feminicídio. Os sistemas de saúde encontram-se em posição privilegiada para atuar em conjunto com as redes de proteção social para o enfrentamento da violência. Este ensaio tem como objetivo fazer uma ponte entre a literatura a respeito do tema e a prática cotidiana de profissionais tanto da saúde quanto do serviço social, indo além dos limites institucionais, refletindo sobre a importância dos movimentos sociais e da implicação de toda a sociedade na luta pelo fim da violência contra as mulheres.