Serviço aeromédico em aeronaves de asas rotativas: realidade e perspectiva profissional

Abstract

Objetivo: compreender a realidade laboral e perspectivas dos profissionais que integram a equipe de atendimento aeromédico de Santa Catarina. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo, com enfoque qualitativo. Foram realizadas 17 entrevistas com profissionais que integram o serviço aeromédico de helicópteros em Santa Catarina (médicos, enfermeiros, tripulantes operacionais e pilotos de aeronave). Utilizou-se entrevista semiestruturada, transcritas e analisadas por meio de análise de conteúdo. Resultados: da análise de conteúdo temática emergiram quatro categorias: atitude e conhecimento como necessidades de trabalho; responsabilidades e desafios profissionais; atributos para o serviço aeromédico e circunstâncias expressivas na perspectiva profissional do atendimento aeromédico. As categorias refletem questões que estiveram presentes nos discursos, evidenciando a importância do conhecimento e da aptidão técnica para a estabilização do paciente de emergência na atividade aeromédica. Os desafios profissionais foram representados por imprevisibilidade de acionamentos, atendimento com locais de difícil acesso e condições climáticas desfavoráveis. Conclusão: o estudo possibilitou compreender a realidade e percepção que os profissionais do serviço aeromédico possuem a respeito do trabalho que realizam. Enquanto modalidade de atendimento de emergências, exige múltiplas competências dos profissionais envolvidos, demonstrando a importância da capacidade técnica e cognitiva para a estabilização clínica do paciente, ancorado em conhecimento sobre fisiologia de voo, segurança de voo e navegabilidade; aliado a uma resiliência física. Percebe-se a predominância de um discurso hegemônico, com destaque para o trabalho em equipe, comunicação e confiança interprofissional.

Resgate aéreo e os danos ocupacionais para os profissionais de saúde: uma revisão integrativa

“…A categoria aeromédica apresenta seus desafios, que apesar de todo o treinamento e aparato tecnológico presentes, a responsabilidade e exigência para esses profissionais é maior, pois este precisa demonstrar e ter segurança no que lhe é atribuído, independente do ambiente em que esteja ou vá inserir-se no ato do atendimento, as vezes em situações complexas, com espaço curto de mobilidade, defasagem na equipe por absenteísmo e o paciente em estado crítico, tornando uma adaptação complexa e desafiadora para o profissional, dado o ambiente inóspito, imprevisível e incerto (Nascimento, Moreira, Batista, Dutra & Júnior, 2021).…”

“…A presente revisão integrativa evidenciou os danos ocupacionais para os profissionais de saúde que atuam no resgate aéreo, promovendo uma reflexão sobre a realidade laboral e panorama profissional desta atividade (Nascimento et al, 2021).…”