IntroduçãoOs recursos hídricos constituem um importante elemento físico na composição das paisagens, no esteio econômico e são elementos indispensáveis à vida, operando fenômenos da atmosfera inferior e litosfera, interferindo nas vidas animal e humana a partir da interação com os demais elementos dos seus ambientes de drenagem.Parte da riqueza em recursos naturais acontece por conta das águas superficiais que têm suas demandas aumentadas no tempo e no espaço, em razão dos seus usos múltiplos, sobretudo em terras secas no Trópico Semiárido -como o semiárido brasileiro-, que sofre com secas cíclicas, com a distribuição das chuvas direcionando os regimes fluviais temporários e intermitentes. Nesse domínio, a gestão ambiental, com cerce na conservação dos recursos hídricos, não teve a devida atenção ao longo da história econômica dessa região, pois sofreu negligências nas políticas de desenvolvimento regional. Os rigores climáticos da mancha semiárida foram então magnificados pelo desenvolvimento de políticas niilistas e não procrastinatórias que corroboram para o crescimento da pobreza, êxodo rural, degradação ambiental e definhamento dos recursos hídricos.Não obstante, as bacias de drenagens nordestinas apresentam dimensões e regimes diferenciados em razão de seu tamanho, condições ambientais, localização das nascentes dos exutórios e de uso/ocupação. Nesse contexto, o Trópico Semiárido Nacional, com toda sua complexidade ambiental, apresenta bacias intermitentes sazonárias, com relativa escassez hídrica espaço-temporal. Apresenta, portanto, dinâmica fluvial e potencialidades hidroambientais peculiares no bojo de um país que, por razão de sua tropicalidade, é predominantemente úmido.A rigor, os recursos hídricos devem ser estudados em um contexto amplo de planejamento e gestão ambiental, atinando a bacia hidrográfica