Narrativas de um assassinato ocorrido há mais de um século no Alto Sertão baiano, são discutidas a partir da revisão de fontes históricas não verificadas anteriormente. Apesar de cultuada por alguns como “santa”, como se fosse uma reparação popular, a vítima teve sua imagem desqualificada de modo sexista e responsabilizada por sua própria morte, enquanto a mandante e sua família foram protegidos em vários aspectos. Fatos antes ocultados e deturpados, em meio a memórias fragmentadas e imaginadas, são analisados à luz dos conflitos de interesses e valores de uma época de formação do Arraial de Beija-Flor, de seca severa, migração econômica, abolição da escravatura e início da República.