Os grupos terapêuticos são instrumentos para que possam ser socializadas experiências dos pacientes, sendo importantes para o agir e o pensar coletivos, visando respeitar a diversidade e a subjetividade de cada pessoa. Nesse cenário, destaca-se o psicólogo como mediador nas rodas de conversas grupais. Os objetivos desse trabalho foram oferecer suporte psicológico para as famílias cuidadoras de pessoas com traumas ortopédicos em um hospital de referência em traumatologia, do norte do país, bem como auxiliar na elaboração da expressão ocupacional frente ao processo de hospitalização e ofertar uma escuta qualificada diante do sofrimento psíquico. Trata-se de um relato de experiência vivenciado por dois psicólogos. Os encontros semanais ocorreram às terças-feiras, às 10h, na enfermaria ortopédica do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), onde estavam os pacientes e familiares. Foram 25 familiares que passaram pelo grupo durante um mês. Foi notado o sofrimento, ligado ao paciente acometido, por meio dos vários relatos dos participantes da pesquisa. Apesar deles não estarem sofrendo fisicamente os efeitos do adoecimento, os familiares estavam sujeitos às consequências psicoemocionais de todo esse processo de internação e tratamento. Logo, a experiência com o grupo de familiares foi fundamental, principalmente, pela grande relevância social e psicológica nessa área de trabalho.Palavras-chave: grupo terapêutico, psicologia; acompanhante; traumas ortopédicos.
INTRODUÇÃOA Psicologia Hospitalar corresponde a uma área de atuação da Psicologia voltada para o tratamento e compreensão dos aspectos psicológicos que surgem em decorrência de uma patologia (SIMONETTI, 2004). Desse modo, a Psicologia Hospitalar atua disponibilizando aos pacientes, familiares e profissionais da equipe de saúde, o saber psicológico, visando resgatar a singularidade de suas emoções, crenças e valores (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004).