Ser adolescente com Vírus da Imunodeficiência Humana: significados do viver cotidiano

Abstract

Objetivo: compreender o sentido de ser adolescente vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana. Método: estudo qualitativo utilizando o referencial teórico-filosófico-metodológico de Martin Heidegger para análise e interpretação do vivido de nove adolescentes soropositivos assistidos no Serviço de Assistência Especializada da cidade de Juiz de Fora, durante o ano de 2016. Resultados: na maioria das vezes, os participantes sabem de seu diagnóstico somente algum tempo após o tratamento, possuem a mesma rotina de atividades dos adolescentes que não convivem com HIV, valorizam o bom relacionamento com os colegas, mas somente a família ou poucos amigos sabem de sua condição de soropositividade. Conclusão: adolescentes soropositivos vivenciam um ex-sistir igual aos demais de sua idade, compreendem que precisam manter a adesão ao tratamento medicamentoso, à rotina de exames laboratoriais e ao estilo de vida que inclui dieta saudável e prática de exercícios.

Silêncio, segredo e sigilo: desafios da revelação do diagnóstico de HIV/AIDS em jovens infectados por transmissão vertical

“…Apesar da sensação de estranheza, do susto e do nervosíssimo diante de uma notícia que mesmo não sendo totalmente desconhecida abre um espaço para se falar do que antes não poderia ser dito, a revelação do diagnóstico segundo estudos (Cremonese et al, 2021;Santos et al, 2021;Marques et al, 2021;Zanon et al, 2016;Brum et al, 2016) contribui para que o adolescente assuma um senso de independência e autorresponsabilidade, incentiva-os a cuidar melhor de sua saúde, adotando hábitos mais saudáveis, o que tem efeitos positivos na adesão ao tratamento. Também pode fortalecer laços familiares, trazer alívio para os envolvidos e criar espaços de maior confiança para o diálogo.…”