A sepse neonatal (SN) é uma sindrome clínica na qual o paciente apresenta sinais sistêmicos de infecção, associados à presença de bactérias, fungos ou vírus em líquidos estéreis (sangue ou licor) no primeiro mês de vida. A SN é uma das principais causas de morte neonatal no mundo, sendo os prematuros e recém-nascidos (RN) com baixo peso ao nascer, os mais suscetíveis a desenvolvê-la. Realizou-se um levantamento de artigos publicados entre 2011-2022, utilizando PubMed, Scielo e Google Scholar. Utilizou-se como termos de busca “Neonatal Sepsis” e “Sepse Neonatal”. Foram selecionados artigos publicados em português ou inglês. Com isso, foi obtido que a sepse neonatal é classificada quanto ao tempo de vida decorrido para o início dos sinais e sintomas, sendo denominada precoce quando ocorre nas primeiras 72 horas de vida e, tardia quando após essas 72 horas. Nesse sentido, a primeira está ligada às condições do parto/mãe e do RN ao nascimento, enquanto a segunda se relaciona ao uso de medicamentos, procedimentos invasivos e internação em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). As manifestações clínicas dessa patologia são inespecíficas e constantemente são confundidas com condições da idade/prematuridade, sendo compostas por dificuldade respiratória, taquicardia, letargia, febre, icterícia sem outra causa determinante, vômitos, diarreia e outras alterações. O diagnóstico da SN é um desafio, uma vez que falta ferramentas com ótima sensibilidade para tal, necessitando, por vezes, de diversos exames para a confirmação. Ainda assim, em alguns momentos, é feito o diagnóstico de sepse clínica para início imediato da antibioticoterapia, que constitui a base do tratamento da sepse neonatal.