“…Essas cidades são classificadas como médias por vários autores (Boscariol, 2017;Gomes, 2007;Sposito;Góes, 2015;Melazzo, 2006), seguindo a metodologia proposta por Sposito et al (2007), que leva em consideração, além do tamanho populacional, o grau de influência e de conectividade da cidade na rede urbana regional; a existência de formas contemporâneas de organização espacial das atividades ligadas ao comércio de bens e serviços (como os shoppings centers); a crescente complexidade das configurações espaciais e o aprofundamento das desigualdades socioespaciais. O aumento da capacidade de consumo dos moradores das cidades médias, advinda do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), e a demanda por habitações de qualidade fomentaram o desenvolvimento de espaços residenciais fechados, assim como de formas contemporâneas de organização espacial das atividades econômicas do setor terciário, como shoppings centers (Sposito, 2004;Sposito et al, 2007;Sposito;Góes, 2013), induzindo transformações nos padrões de segregação (Araujo;Queiroz, 2018;Sobarzo, 1999;Sposito, 2003;2004;Zandonadi, 2008).…”