“…A larvaterapia é uma forma de desbridamento biológico também conhecida como terapia larval, terapia de Maggot, bioterapia ou biocirurgia que consiste num tratamento com a utilização de larvas de moscas previamente esterilizadas dos tipos Chrysomya megacephala (necrobiontófagas ou necrófagas) e Lucilia Sericata sobre lesões complexas com presença de tecido necrosado, na finalidade de desenvolver a cicatrização destas feridas (PERUCHO et al, 2016;MARQUES et al, 2017;. Após o aperfeiçoamento de técnicas de descontaminação dos ovos e das larvas, a larvaterapia passou a ser utilizada com sucesso no tratamento de feridas de várias etiologias, sendo as principais vantagens dessa terapia o desbridamento seletivo, a ação bactericida e estimulação do processo de cicatrização (FRANCO et al, 2016;MARQUES et al, 2017;. O desbridamento é realizado pelos "ganchos bucais" das larvas e seus corpos ásperos que arranham o tecido necrótico e também secretam uma mistura de enzimas proteolíticas (tripsina e colagenase semelhante à quimiotripsina) que planam o tecido inviável, facilitando a digestão dos vermes (NAIK; HARDING, 2017).…”