Sedação paliativa em oncologia pediátrica: relato de casos

Abstract

Introdução: a instituição de cuidados paliativos em crianças portadoras de câncer terminal enfrenta vários percalços, principalmente em casos de dificuldade no controle sintomatológico da doença. Objetivos: este estudo descreve a experiência do serviço do Centro Pediátrico de Câncer (CPC) do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) em casos de aplicação de sedação paliativa e na elaboração de protocolos de indicação, prática e cuidados especiais. Métodos: elaborado e aplicado algoritmo de sedação paliativa para controle sintomatológico em crianças e adolescentes de 2 a 17 anos. Os sintomas foram classificados em vias viscerais ou psiquiátricas. Também foram abordadas boas condutas em sedação para individualização e variedade de tratamentos, alívio de sintoma refratário e bom controle álgico. Resultados: encontrou-se persistência dos sintomas em alguns indivíduos, mas a terapêutica com benzodiazepínicos e opioides mostrou-se satisfatória com o algoritmo utilizado. O tempo médio de internação foi longo e o período desde o início dos cuidados paliativos ao óbito foi altamente variável (2 a 15 dias). Conclusão: o algoritmo foi útil em estabelecer meios efetivos e seguros de guiar a sedação pediátrica. Os cuidados paliativos devem ser pensados em conjunto com profissionais qualificados na área de modo que envolva o alívio dos sintomas físicos e mentais do paciente.

Estudos Multidisciplinares Sobre Saúde Da Criança E Do Adolescente

“…neste sentido, a sedação paliativa foi elencada como estratégia passível de utilização pela equipe médica para fornecer conforto podendo inclusive adotar-se tecnologias de apoio a esta prática como o uso de um mapa de sedação. Igualmente recomendável foi a inclusão do consentimento da criança e família para o uso deste recurso terapêutico, buscando assim a preservação da autonomia e a participação na tomada de decisão sobre os cuidados prestados e recebidos (HEREDIA, 2019;PULEIO et al, 2018;GÓMEZ et al, 2022;FILHO et al, 2019;NORIEGA et al, 2022).…”