O artigo tem como objetivo compreender como o direito ao acesso à saúde por mulheres privadas de liberdade vem sendo abordado em textos acadêmicos nos últimos 10 anos no Brasil. Diante disso, o estudo foi realizado a partir de uma abordagem qualitativa, incorporando aos procedimentos metodológicos a técnica de Revisão Bibliográfica Integrativa, cujos artigos analisados, total de 11, foram coletados nas Bases de Dados “Scielo”, onde havia inicialmente 23 artigos, PKP Index, com 5 artigos e LILACS, com 18 artigos. Foram utilizados como critério de exclusão o ano de publicação, área da saúde em que fora pesquisado e país analisado. Em primeiro momento, os textos foram agrupados nas categorias “gênero e privação de liberdade”, “panorama nacional e direito à saúde”, “direito à saúde sexual e reprodutiva e saúde mental”. Os artigos demonstraram, em uma perspectiva ampla, que a questão do acesso à saúde por mulheres privadas de liberdade vem tomando corpo analítico, ao longo dos anos, em diversas esferas sociais, rompendo com uma reiterada lógica da descrição do perfil deste público e analisando, por consequência, a realidade material dessas mulheres, destacando o direito especializado à saúde, problemas de gênero e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.