Saúde sem Fake News: estudo e caracterização das informações falsas divulgadas no Canal de Informação e Checagem de Fake News do Ministério da Saúde

Abstract

Este artigo tem o objetivo de analisar o canal de informações Saúde Sem Fake News, do Ministério da Saúde, com o intuito de identificar as principais características das fake news no âmbito da saúde pública e de traçar um perfil desse conteúdo. Diante dos dados, foi possível identificar que esse tipo de material busca oferecer ao público possibilidades de cura, receitas milagrosas, informações “alarmantes” sobre vacinação e alimentos poderosos com o intuito de solucionar problemas cotidianos dos cidadãos. O perfil elencado para as fake news é o de um conteúdo que usa adjetivos, conteúdos audiovisuais para promover uma falsa veracidade e termos que estabelecem proximidade com o leitor. Para o estudo foram utilizadas as análises de conteúdo e hermenêutica, sob a luz das teorias de midiatização e fake news.

Percepções De Idosos Sobre O Enfrentamento Da Covid-19

“…Além disso, as notícias falsas divulgadas diariamente pelas mídias sociais e meios de comunicação de massa reforçam medos, preocupações e alastram pânico (14) . A circulação rápida de tais notícias é propiciada pelo compartilhamento de mensagens, transformando a desinformação em problema público (15) . Estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) pesquisou a predominância de mortes em pessoas com 70 anos ou mais no país (16) .…”

O Papel da Comunicação no Controle do Câncer em Tempos de Fake News: Uso Técnico e Ético das Novas Tecnologias na Transmissão de Informações ao Público Sobre a Doença

“…Um exemplo desse desastre é revelado por Monari e Bertolli Filho 10 , que traçaram um quadro preocupante sobre as notícias falsas detectadas pelo Ministério da Saúde sobre a transmissão de informações de temas diretamente afeitos à pasta. Sobre o câncer, entre as "notícias" detectadas e desmentidas -infelizmente sem a mensuração do impacto da mentira em relação à correção pela ciência -, estão: que há ervas contra o câncer; que determinado hospital encontrou "a cura"; ou que o uso de certo aparelho provoca câncer em alguma parte do corpo etc.…”

Fake News, infodemia e mídias sociais da hesitação vacinal às baixas coberturas

“…No contexto das imunizações, observa-se, conforme reportagem da Pesquisa Fapesp publicada em agosto de 2018, a associação entre as quedas da cobertura vacinal e a influência das fake news, que circulam nas redes sociais, e de uma incipiente ação de grupos contrários à imunização, também conhecidos como movimentos antivacinação. De acordo com a Revista, na Europa e nos Estados Unidos os grupos que não aderem à vacinação por alegarem razões religiosas e filosóficas ou por se embasarem em informações inverídicas são mais comuns (3) .…”

“…Como exemplos desta definição têm-se as histórias fabricadas, notícias falsas e boatos, que não são novidades no meio comunicacional. Vale destacar, que esse tipo de fenômeno é registrado desde o Império Romano até os dias atuais, dando forças após o surgimento e popularização da Internet (3) . O fato é que as notícias falsas ou boatos fabricados com intencionalidade de desinformar tornam-se um grande problema quando são impulsionadas, por bots ou algoritmos que conseguem alcançar muitas pessoas e torna a disseminação desse conteúdo "viral" (4) .Nesse contexto, o termo que tem sido destaque na pandemia da COVID-19 é a "infodemia".…”