Abstract:desenvolveram um modelo para a análise desse processo de institucionalização de disciplinas e de uma atividade intelectual que aplico nestas observações sobre a saúde coletiva -e que podem ser claramente percebidas nos textos desta coletânea.Se 1979 é um ano em que as diversas forças e correntes se juntam e criam uma associação -a Abrasco -"colocando em relevo sua singularidade", como exposto por Anamaria Testa Tambellini, Carlos Botazzo, Guilherme Chalo Nunes, Paulo Buss, no capítulo 3, a constituição do camp… Show more
“…Isso, de certa forma, reflete o caráter do campo da saúde coletiva, que, desde sua formação, é marcado pela atuação política de seus integrantes no contexto de redemocratização. Essas atuações políticas pela Reforma Sanitária brasileira e a formação e a criação do campo da saúde coletiva ocorrem, simultaneamente, sendo lideradas pela Abrasco e pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) 30 . Tais movimentos ocorrem em espaços de tensões importantes, como as que existem entre: 'instrumentalidade da ação', o 'saber acadêmico' e a 'militância política' 31 .…”
Section: O Dossiê Abrasco: O Ponto De Inflexão De Uma Zona De Fronteiraunclassified
RESUMO A publicação do ‘Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde’, a partir de 2012, movimentou um amplo debate público sobre o enquadramento dos agrotóxicos como problema de saúde pública. Este artigo teve por objetivo analisar o papel dessa publicação como um ponto de inflexão ao promover uma arena de debate que reposiciona diversos atuantes que pactuam um consenso, ainda que instável e profundamente combatido por setores dominantes, sobre os efeitos dos agrotóxicos na saúde. Argumenta-se que o documento hibridizou seus sentidos ao visibilizar pesquisas e dados sobre o assunto e, também, ao se constituir como um documento-manifesto. Tal efeito é problematizado a partir do papel que a agroecologia assumiu no texto, apropriada como um lugar de reunião de forças diante da disputa travada com os arranjos vitais da formação econômica, agroexportadora e dependente do Brasil. Assim, por meio da abordagem dos estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), discute-se o tortuoso e complexo processo de construção histórica e sociológica de um problema de saúde pública e como o ‘Dossiê’ contribuiu para reconfigurar um campo de batalha que tem na agroecologia um espaço próprio que congrega cientistas e movimentos sociais para transformarem a realidade juntos.
“…Isso, de certa forma, reflete o caráter do campo da saúde coletiva, que, desde sua formação, é marcado pela atuação política de seus integrantes no contexto de redemocratização. Essas atuações políticas pela Reforma Sanitária brasileira e a formação e a criação do campo da saúde coletiva ocorrem, simultaneamente, sendo lideradas pela Abrasco e pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) 30 . Tais movimentos ocorrem em espaços de tensões importantes, como as que existem entre: 'instrumentalidade da ação', o 'saber acadêmico' e a 'militância política' 31 .…”
Section: O Dossiê Abrasco: O Ponto De Inflexão De Uma Zona De Fronteiraunclassified
RESUMO A publicação do ‘Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde’, a partir de 2012, movimentou um amplo debate público sobre o enquadramento dos agrotóxicos como problema de saúde pública. Este artigo teve por objetivo analisar o papel dessa publicação como um ponto de inflexão ao promover uma arena de debate que reposiciona diversos atuantes que pactuam um consenso, ainda que instável e profundamente combatido por setores dominantes, sobre os efeitos dos agrotóxicos na saúde. Argumenta-se que o documento hibridizou seus sentidos ao visibilizar pesquisas e dados sobre o assunto e, também, ao se constituir como um documento-manifesto. Tal efeito é problematizado a partir do papel que a agroecologia assumiu no texto, apropriada como um lugar de reunião de forças diante da disputa travada com os arranjos vitais da formação econômica, agroexportadora e dependente do Brasil. Assim, por meio da abordagem dos estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), discute-se o tortuoso e complexo processo de construção histórica e sociológica de um problema de saúde pública e como o ‘Dossiê’ contribuiu para reconfigurar um campo de batalha que tem na agroecologia um espaço próprio que congrega cientistas e movimentos sociais para transformarem a realidade juntos.
“…Once again, it is up to public health to formulate proposals to defend the SUS, democracy, and the future of a country with guarantees for social and civil rights and an economically, socially, and environmentally sustainable development process. Holding the "Abrascão" congress on the Fiocruz campus in this scenario is a significant step in a twoway street, in which both institutions come out stronger as part of the process that began with the founding of Abrasco in 1979 3,4 .…”
“…These movements built the field of Collective Health in Brazil, which, in September 1979, result in the foundation of the Brazilian Association of Collective Health (ABRASCO)
19
,
29
. The Latin American production in this period, fueled by historical materialism concepts, privileges, in relation to the production and distribution of health and disease, the analyses of health inequalities among social classes and the consequences of work conditions and social work relationships in the health of workers
11
,
18
.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…In Brazil and in Latin America, movements in the field of health, aligned with broader social movements that acted against the military dictatorships spread in the region during the 1960s and 1970s, brought new perspectives for understanding health profiles and the organization and role of health services. These movements built the field of Collective Health in Brazil, which, in September 1979, result in the foundation of the Brazilian Association of Collective Health (ABRASCO) 19 , 29 . The Latin American production in this period, fueled by historical materialism concepts, privileges, in relation to the production and distribution of health and disease, the analyses of health inequalities among social classes and the consequences of work conditions and social work relationships in the health of workers 11 , 18 .…”
This study describes the frequency and types of articles on social inequalities in health published in 50 years of the Revista de Saúde Pública, taking as reference some milestones that were used as guidelines to develop the research on this theme. Checking titles, keywords and abstracts or full texts, we identified 288 articles whose central or secondary focus was social inequalities in health. Corresponding to just 1.8% in the initial years, articles on social inequalities in health have represent 10.1% of the articles published in the last decade. The designs used were mainly cross-sectional (58.0%) and ecological (18.1%). The most analyzed themes were: food/nutrition (20.8%), mortality (13.5%), infectious diseases (10.1%), oral health (9.0%), and health services (8.7%). Articles focused on the analysis of racial inequalities in health amounted to 6.9%. Few articles monitored the trends of social inequalities in health, essential enterprise to assess and support interventions, and an even smaller number evaluated the impact of policies and programs on the reduction of social inequalities in health.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.