“…Nota-se uma certa hierarquia na literatura da área, dividindo as produções em dois níveis: um mais legítimo, ligado aos saberes teóricos, e outro mais relacionado ao exercício do magistério (DEPAEPE, 2000). Desde quando começaram a ser escritos, em finais do século XIX, os livros de formação explicaram as ideias dos "grandes pensadores", dos movimentos pedagógicos, apresentando-se muitas vezes em seus prefácios como escritos "modestos" ou "nada originais" (SILVA, 2005 SALVADO, 1998;PINTADO, 2000), onde houve esforços para ampliar as oportunidades escolares. Tais impressos foram leitura obrigatória, sobretudo entre aquelas pessoas que não tiveram acesso a graus mais elevados de instrução (NÓVOA, 1987) e que, para ingressarem na carreira docente, limitaram seus estudos ao âmbito das Escolas Normais ou do preparo para concurso de admissão na carreira do magistério.…”