“…A produção de conhecimento sobre os ciganos no Brasil ainda é escassa (Ferrari, & Frotta, 2014), assim como são poucas as políticas públicas de garantia de direitos a essa população (por exemplo: Lima, 2014;Moonen, 2013; Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial -Seppir, 2013a;b). Apesar dos desafios envolvidos no desenvolvimento de pesquisas com os ciganos (por exemplo: Condon et al, 2019;Durst, & Nyírő, 2018;Messing, 2019), entender como os grupos étnicos ciganos valorizam e lutam pela manutenção de suas identidades nos modos de vida contemporâneos apresenta-se como tarefa de grande relevância (Cittadini, 2018;Heaslip, & Smith, 2016;Simões, 2014), tendo em vista a necessidade de contribuir para a visibilidade e o reconhecimento social dessa minoria, pouco conhecida, mas que há séculos vive sob a sombra do preconceito e da discriminação social, no Brasil e em vários contextos geográficos do mundo (por exemplo: Acton, 2018;Hutchison, Chihade, & Puiu, 2018;Kende, Hadaricsa, & Lášticováb, 2017;Law, & Kovats, 2018;Lima, 2014;Lima, Faro, & Santos, 2016;Miškolci, Kováčová,, & Rigová, 2018;Moonen, 2012;Powell, 2008;Powell, & Lever, 2017;Tremlett, 2017;Villano, Fontanella, Fontanella, & Donato, 2017;Wallace, Townsend, & Salemink, 2018).…”