Tudo o que você podia ser Com sol e chuva você sonhava Que ia ser melhor depois Você queria ser o grande herói das estradas Tudo que você queria ser Sei um segredo Você tem medo Só pensa agora em voltar Não fala mais na bota e no anel de Zapata Tudo que você devia ser Sem medo Não se lembra mais de mim Você não quis deixar que eu falasse de tudo Tudo que você podia ser Na estrada Ah! Sol e chuva Na sua estrada Mas não importa, não faz mal Você ainda pensa e é melhor do que nada Tudo que você consegue ser Ou nada Não importa, não faz mal Você ainda pensa e é melhor do que nada Tudo que você consegue ser Ou nada! Composição: Lô Borges / Márcio Borges Voz: Milton Nascimento "Es posible que, al fin, me convierta en un revolucionario. Pero eso tiene un comienzo muy poco noble, casi grosero. Es fácil trazar el proyecto de un arte agitativo, virulento, sin concesiones. Pero es duro llevarlo a cabo. Exige una capacidad de trabajo que todavía no poseo". (Rodolfo Walsh, Papeles personales, 1968) RESUMO Este trabalho se propõe a analisar os modos de leitura de Operación Masacre (1957), de Rodolfo Walsh (1927-1977), e de seus textos prévios publicadas no jornal Revolución Nacional, nos dias 15 de janeiro e 29 de janeiro de 1957. A dissertação analisa as formas como foram lidas as antecipações do livro (em geral como denúncias, notícias e reportagens), concluindo que as nomenclaturas utilizadas não fazem jus às técnicas (fundamentalmente ficcionais) e aos procedimentos manipulados por Walsh nesse jornal. Quanto ao livro, a dissertação demonstra como a crítica acadêmica o considerou basicamente como Testemunho