Risk factors for pressure injury in patients with covid-19 in intensive care unit / Fatores de Risco para Lesão Por Pressão em Pacientes com COVID-19 em Unidade de Terapia Intensiva

Abstract

Objetivo: identificar e discutir os fatores de risco relacionados à ocorrência de lesão por pressão em pacientes com COVID-19 em Unidade de Terapia Intensiva. Método: estudo descritivo de abordagem quantitativa e retrospectiva que analisou prontuários eletrônicos de um Hospital Militar, no período de abril a dezembro de 2020. Resultados: participaram do estudo 44 (55%) pacientes com idade média de 68,73 anos e predominância do gênero masculino (35%). A região sacra (32%) foi a mais acometida, seguida concomitantemente das regiões sacra e calcâneo (20%) e o estágio 2 (31,8%) se mostrou mais frequente. Observou-se como fatores de risco o tempo de internação, o uso de ventilação mecânica, a pronação, o uso drogas vasoativas e sedativos contínuos, a antibioticoterapia, a permanência de dieta enteral e/ou dieta zero. Conclusão: a implementação de estratégias para prevenção de lesão por pressão é de extrema importância, pois é uma das metas internacionais de segurança do paciente.

Fatores de risco relacionados à lesão por pressão em pacientes COVID-19 em unidade de terapia intensiva: revisão integrativa

“…Um dos fatores que contribuem para a contradição das variáveis, é que o gênero masculino muita das vezes era o responsável pela parte financeira e alimentícia da família, no qual se arriscava ao ser infectado pelo vírus ao ir exercer suas atividades laborais, além da questão do autocuidado. (Costa et al, 2022;Sianes-Gallén et al, 2021).…”

“…Em um estudo realizado no Brasil, sugerem que pessoas em idade senil, possuem maior probabilidade de desenvolver a LP, sobretudo a infecção pela COVID-19 em sua forma mais grave, com impacto direto na hemodinâmica e sobrevida do doente. Desta forma, justifica-se também o alto índice de LP em idosos, também por razões fisiológica da pele e do sistema imunológico, associados a hidratação, elasticidade da pele e a diminuição da produção do colágeno, que implicam no processo hemodinâmico microvascular do tegumento e consequentemente o surgimento da LP durante a sua estadia na UTI, devido ao uso de dispositivos e decúbito restrito (Costa et al, 2022).…”

“…Além do que já foi mencionado, alguns estudos também demonstraram que a utilização da escala de Braden torna-se importante na identificação dos pacientes com risco de adquirir a LP na UTI, pois nesse momento pode-se planejar metas para a prevenção de lesões. Porém, levando em consideração com os pacientes acometidos com a COVID-19, alguns estudos apontaram a importância de avaliar também além do escore da escala de Braden, o tempo de internação e a oxigenação desses pacientes, além disso, ressaltaram a importância de realizar todos os dias, pois as mudanças do quadro clínico desses pacientes eram contínuas (Costa et al, 2022;Amini et al, 2022;Yigitoglu & Aydogan, 2022).…”

“…Estudo realizado em um hospital vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, identificou que 55% dos pacientes internados em UTI acometidos pela COVID-19 desenvolveram a lesão. Desses, mais de 32% apresentaram lesões em região sacral, devido à pressão contínua do tecido corpóreo, em decorrência da limitação em mudança de decúbito, relacionados a instabilidades hemodinâmicas e respiratórias (Costa et al, 2022).…”

“…Estudo realizado na Espanha, identificou que a média de tempo de internação em UTIs de pacientes com a COVID-19 foi de 37 a 44 dias (Ibarra et al, 2021). Já no Brasil está média manteve-se em 27 dias (Costa et al, 2022). Assim, observa-se que prolongamento do tempo de internação hospitalar, sobretudo em UTIs, são considerados importantes fatores que contribuem também para o desenvolvimento das LP em pacientes com a COVID-19.…”