Riqueza de vespas sociais (hymenoptera: vespidae) de cerrado no sudeste do Brasil

Abstract

As vespas sociais pertencem à ordem Hymenoptera, família Vespidae, subfamílias Stenogastinae, Vespinae e Polistinae, sendo a única que ocorre em território brasileiro. Estudos sobre a diversidade de vespas sociais no estado de Minas Gerais vem apresentando um crescente número nos últimos anos, porém se tratando do bioma Cerrado, que compreende mais da metade do território do estado, os estudos são escassos. Vespas sociais apresentam uma grande importância ecológica, pois participam do equilíbrio trófico dos ecossistemas, atuando como polinizadores e predadores de insetos. O presente trabalho tem como objetivo realizar o primeiro inventário da riqueza de vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) do Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC) no município de São Roque de Minas, Minas Gerais, Brasil. Além disso, avaliar a riqueza e distribuição de espécies destes insetos em diferentes fitofisionomias dentro do mesmo Parque. As coletas foram realizadas no ano de 2018, nos meses de fevereiro, abril, setembro e novembro, através de duas metodologias: armadilhas atrativas e busca ativa. Coletou-se um total de 2239 espécimes de vespas sociais de 33 espécies e nove gêneros, obtendo a maior riqueza para estudo realizados em áreas de Cerrado. Além disso, fica claro que a similaridade das fitofisionomias é mais relevante na composição de espécies que a distâncias entre as áreas de estudo.

Social wasps (Vespidae, Polistinae) in a Cerrado agrosystem in the state of Minas Gerais, southeastern Brazil

“…Obteve-se um índice de dominância de Dpb = 0,2008 e um índice de diversidade de H' = 2,359 (TABELA 1). Todas as espécies registradas neste trabalho foram encontradas em dois outros trabalhos realizados nas proximidades da área de pesquisa, sendo um no Parque Nacional da Serra da Canastra (VICENTE et al, 2020) e o outro em uma área agrícola do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais -Campus Bambuí (JACQUES et al, 2015), indicando que são espécies comuns na região.…”