A artralgia está associada a um comprometimento da função articular e pode ser provocada por doenças inflamatórias que possuem o sedentarismo como fator de risco. Nesse sentido, o isolamento social, criado para conter o avanço da COVID-19, pode estimular o sedentarismo e aumentar a incidência de artralgia. Analisar o impacto do isolamento social na incidência de artralgia nos alunos de uma instituição de ensino superior de Belo Horizonte. Estudo observacional transversal com 117 acadêmicos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Número CAAE: 40764620.0.0000.5134). Posteriormente, foi realizada a coleta de dados por meio do Google Forms. As associações entre variáveis categóricas foram avaliadas pelos testes Qui-quadrado e a comparação das variáveis numéricas com a presença de artralgia foi realizada pelo teste de Mann-Whitney. As análises foram realizadas no software R versão 4.0.3, considerando um nível de significância de 5%. Da amostra, 85 eram mulheres (73%) e 32 eram homens (27%). Não houve diferença estatística em relação a idade (22 ± 3,9), altura (1,7 ± 0,1), peso (62,2 ± 11,8), IMC (21,9 ± 2,8), infecção pela COVID-19 (48%) e o sedentarismo (25%) com a incidência de artralgia. Além disso, foi possível evidenciar que aproximadamente 24% dos participantes que tiveram a infecção por COVID-19 apresentaram dor articular durante o curso da doença. Foi encontrado uma prevalência de artralgia de aproximadamente 40% nos acadêmicos em geral, e uma incidência de artralgia de cerca de 19% durante a pandemia.