proveniente do curtimento de couro é uma dificuldade encontrada por ambientalistas e profissionais da área. O lodo de cromo gerado no curtume tem características poluentes e de alta periculosidade, por conter cromo III e em condições oxidantes, pode se converter a cromo VI, o qual é considerado tóxico e cancerígeno, quando ingerido. O trabalho tem por objetivo incorporar o resíduo de cromo em material cerâmico, buscando uma aplicação a este resíduo, trazendo vantagens ambientais e diminuindo gastos à indústria de couro. A absorção de água, de modo geral, diminuiu, porém com adição de 1% resíduo à 1050°C, a absorção de água aumentou. A perda de massa ao fogo foi maior para as temperaturas de 750°C e 1050ºC comparado com a argila pura. A porosidade aparente diminui para maioria dos testes, porém para a adição de resíduo a 1%, ocorreu aumento.(um espaço)
INTRODUÇÃOSegundo pesquisas a Indústria do Couro vem se destacando como umas das opções de investimento altamente lucrativas, que ao longo dos anos veem observando um crescimento contínuo e acelerado (Abreu, 2006).A indústria de couro atua como uma alavanca para a economia do país, contribuindo com uma porcentagem significativa para a manutenção da balança comercial em torno de 7%, o que garante ao país cerca de U$ 1,88 bilhões anuais (Beefpoint, 2009).A indústria de couro apresenta no Brasil em média 800 plantas curtidoras, sendo 2,4 mil indústrias trabalhando no segmento de calçados, roupas, bolsas, carteiras, acessórios em geral, artigos para cozinha, para decoração entre outros. Também possui 120 fábricas voltadas a elaboração e produção de máquinas e equipamentos que abastecem os mercados de mão de obra para as indústrias relacionadas ao couro (Escobar, 2014).De forma contraditória, o setor passou a gerar um grave problema de ordem ambiental, considerando especificamente a quantidade de resíduos perigosos de sais de cromo, utilizado no curtimento das peles. Esses resíduos são liberados nas aparas das peles, em pó (proveniente da rebaixadeira) e também em lodos (proveniente das ETE, Estação de Tratamento de Efluentes) (Abreu, 2006; Nardino et al., 2015).