“…Geografia indutiva por excelência, parte da observação e da recolha de evidências empíricas que atestam as relações recíprocas que se produzem entre «o meio e as pessoas», axioma central da Geografia Humana vidaliana que está, assim, na antecâmara de todo o racional geográfico de Raquel Soeiro de Brito. Neste particular, será também interessante notar como a geógrafa vinca a fronteira entre o espaço disciplinar da Geografia e o dessa outra ciência do terreno por excelência que é a Antropologia, usando argumentos muito próximos daqueles que Jean Brunhes (1869Brunhes ( -1930 empregou quando lhe coube tentar estabelecer um divisor de águas definitivo entre a Geografia Humana e a Antropologia, salientando, precisamente, «ce que nous pourrions nommer l'"interaction" ou la suite des actions reciproques du milieu naturel et des hommes» como indagação específica da Geografia (Brunhes, 1913, p. 32;Robic, 2004;Velasco-Graciet, 2008;Berdoulay, 2017;Castro, 2018).…”