A remoção cirúrgica da vesícula biliar (colecistectomia) é uma operação que começou a ser realizada no fim do século dezenove. Nos últimos 40 anos, houve grande evolução no tocante ao acesso e às técnicas cirúrgicas para a realização de colecistectomia que, inicialmente, era realizada por meio de incisões na parede abdominal. No fim do século vinte, a colecistectomia passou a ser feita por meio de acessos menores, como a minilaparotomia e, em seguida, pela videolaparoscopia (cirurgia videoendoscópica), que é o acesso considerado como padrão na atualidade. O objetivo deste estudo foi realizar uma avaliação dos pacientes submetidos à cirurgia videoendoscópica para a retirada da vesícula biliar na Santa Casa de Misericórdia de São João del-Rei, Minas Gerais, a partir de um estudo transversal. Foram colhidos dados clínicos e sociodemográficos em prontuários de 44 pacientes operados, segundo as variáveis: faixa etária, sexo, diagnóstico, conversão (troca do método da videolaparoscopia para laparotomia convencional), colangiografia (exame contrastado das vias biliares) e dias de internação. Os resultados da pesquisa apontaram a colelitíase calculosa simples como o diagnóstico de maior incidência, sendo mais frequente no sexo feminino, sem necessidade de conversão e nem de colangiografia per-operatória. Os pacientes, pertencentes predominantemente à faixa etária entre 50 e 60 anos, ficaram internados, na maioria das vezes, por apenas um a dois dias.