A produção do feijão-vagem no Brasil é principalmente destinada ao consumo de vagens in natura, com reduzidas quantidades destinando-se à indústria de conservas e para a exportação de vagem refrigerada (Viggiano, 1990). No Nordeste, encontra-se entre as principais hortaliças comercializadas, e na região de Areia, o interesse pelo seu cultivo vem crescendo, em virtude das condições climáticas favoráveis durante a maior parte do ano.Embora o fósforo seja o nutriente que o feijão-vagem mais responda (Filgueira, 2000), pouco se conhece, regionalmente a respeito das quantidades a utilizar visando a obtenção de rendimentos satisfatórios. O fósforo geralmente limita a produção agrícola nos solos tropicais e subtropicais, devido aos seus baixos níveis na solução do solo, requerendo, conseqüentemente, que a adubação fosfatada seja uma prática constante (Minhoni et al., 1991). A essencialidade do fósforo à vida vegetal é tanto de natureza estrutural como de constituinte dos compostos ricos em energia, principalmente o trifosfato de adenosina (ATP), sintetizado nas fosforilações oxidativas, durante a fase aeróbica da respiração, nas fosforilações fotossintéticas, e, em menor grau, nas que se verificam ao nível de substrato, energia que é empregada em reações e processos os mais diversos (Malavolta, 1985).Apesar das plantas consumirem menor quantidade de fósforo do que potássio e nitrogênio, as recomendações, em geral, são de que as quantidades de fósforo, para qualquer cultura na época do plantio, sejam superiores às daqueles nutrientes, devido ao baixo aproveitamento do fósforo (5 a 20%), em decorrência das perdas relacionadas com a adsorção de P pelas partículas do solo (Vale et al., 1993 proporcionou a produção máxima estimada de vagens (30,13 t ha -1 ). Entretanto, a dose mais econômica foi alcançada com 231 kg ha -1 de P 2 O 5 , que produziu 30 t ha -1 de vagens. As doses de P 2 O 5 , com as quais obtiveram-se a máxima produção e retorno econômico quanto a produção de vagem, se correlacionam, respectivamente, com 54 e 51 mg dm -3 de P disponível no solo, obtido pelo extrator de Mehlich 1. A probabilidade para ocorrência de resposta do feijão-vagem à adubação fosfatada em solos semelhantes ao do presente estudo será minimizada quando o teor de P disponível for superior a 51 mg dm -3 . Verificou-se função linear decrescente para o teor de fibra, com redução de 0,0004% de fibra para cada kg de P 2 O 5 aplicado, com valor máximo (1,1%) e mínimo (0,94%) nas doses zero e 400 kg ha -1 de P 2 O 5 , respectivamente. Para o solo em estudo a dose de 231 kg ha -1 de P 2 O 5 , deve ser recomendada para a fertilização do feijão-vagem.
Palavras-chave:Phaseolus vulgaris L., nutrição, rendimento, qualidade.
ABSTRACTResponse of snap bean to P 2 O 5 levels applied in a poor phosphorus sandy soil This research was carried out to evaluate the responses of snap bean 'Macarrão Trepador' cultivated under different P 2 O 5 levels . An experiment was carried out using a randomized blocks design with four replications in a soil classified as Ne...