ASTRIA DIAS FERRÃO GONZALES; JÚLIA FÁTIMA CARIBÉ PEREIRA; FELIPE BERG; MARCOS LÁZARO DA SILVA GUERREIRO RESUMO Objetivo: No atual trabalho utilizamos as cepas do T.cruzi, Y e Colombiana, susceptível e resistentes ao Benzonidazol, com o objetivo de avaliar o comportamento biológico e o grau de susceptibilidade/resistência. Material e Métodos: Para o estudo, foi inoculado via intraperitoneal 5 x 10 4formas tripomastigotas sanguícolas de sangue citratado em 120 camundongos suíços, não isogênicos, pesando 12 a15 g, mantidos no Biotério do Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz, FIOCRUZ, Bahia. Os animais foram subdivididos em grupos experimentais tratados e não tratados, e mantidos dentro das exigências do Comitê de Ética de Uso de Animais. O tratamento com Benzonidazol foi administrado por entubação esofágica, na dose de 100mg/Kg/dia, durante 90 dias. O comportamento biológico foi avaliado pelas curvas de parasitemia e índices de mortalidade. A parasitemia foi realizada randomicamente em cinco camundongos em todos os grupos experimentais pelo exame direto do sangue periférico, ao microscópio óptico, entre lâmina e lamínula diariamente mediante a média da contagem dos parasitos em 50 campos (400X). A mortalidade cumulativa foi acompanhada diariamente nos diferentes grupos experimentais até o final do estudo. A análise da resistência/susceptibilidade foi avaliada pelos testes de cura parasitológica (xenodiagnóstico, hemocultura e subinoculação em camundongos) realizados 45 dias após o término do tratamento, nos camundongos dos grupos experimentais tratados e não tratados sobreviventes. Resultados: O grupo infectado com cepa Y e não tratado apresentou pico parasitêmico no 8º dia após a infecção, decaindo após este período, o que coincide com a morte total dos animais, impedindo a análise tardia. O grupo infectado e tratado com Benzonidazol, apresentaram negativação da parasitemia logo após a administração do quimioterápico, demonstrando susceptibilidade tratamento. Os animais infectados com a cepa Colombiana apresentaram picos mais tardios e irregulares, com negativação a partir do 25 0 dia de infecção, tanto nos grupos tratados como nos não tratados, comportamento biológico característico à sua classificação biológica, em Biodema Tipo III. Os testes de cura analisados randomicamente revelaram na cepa Y 50% de cura parasitológica, enquanto os animais infectados com a cepa Colombiana apresentaram 0% de cura. Conclusão: Concluímos que o comportamento biológico a susceptibilidade/resistência o foi mantida nas cepas mesmo após sucessivas.Palavras-chave Trypanosoma cruzi, Cepas, Benzonidazol, Comportamento biológico, susceptibilidade/resistência
INTRODUÇÃOAnálises morfológicas de tripomastigotas sanguícolas permitiram definir, claramente, a existência de heterogeneidade no comportamento biológico, detectada nas diferentes cepas de T. cruzi, desde os primeiros trabalhos de (Carlos Chagas,