Este capítulo se propõe a reunir e divulgar informações sobre os caminhos para a comercialização da banana no vale do submédio do São Francisco, mais especificamente no polo Petrolina/Juazeiro, abordando questões de comercialização e mercado; apresentando para esse fim, informações sobre classificação dos frutos, dados da produção, exportação e variação de preços. Porém, embora focado ao polo Petrolina/Juazeiro serão abordadas informações relacionadas à bananicultura brasileira. A banana é a fruta mais produzida e consumida no mundo, o Brasil está entre os maiores produtores da fruta ocupando posição de destaque em uma lista encabeçada por Índia e China. Porém, embora o Brasil esteja entre os maiores produtores de banana do mundo, não aparece entres os maiores exportadores da fruta, visto que a maior parte da produção é consumida no mercado interno. O polo Petrolina/Juazeiro, composto por municípios do estado da Bahia e Pernambuco, estão situados no vale do Submédio do São Francisco. É importante ressaltar que os municípios integrantes do polo apresentam grande vocação para agricultura irrigada devido principalmente ao clima, ao solo, à boa qualidade da água do rio São Francisco e aos projetos irrigados responsáveis pela distribuição da água nas áreas agrícolas. A região é conhecida principalmente pela produção de manga e uva, porém outras atividades agrícolas, a exemplo da produção de banana, contribuem com o desenvolvimento da região. Segundo a Embrapa, em 2018 o consumo aparente de banana no Brasil, que corresponde a uma relação entre o saldo produção mais importação menos exportação e o número de habitantes, foi de 26,0 kg/habitante/ano. O cultivo em todas as regiões do país aliada à oferta da fruta durante o ano todo contribuem para o grande consumo, responsável por movimentar em 2020 um valor de mais de R$ 8 bilhões. A banana produzida no campo chega ao consumido final por meio da comercialização direta do produtor em feiras livres; através de varejistas (supermercados, verdurões, feiras livres) que negociam diretamente com o produtor ou com atacadistas, atravessadores (intermediários) e com a agroindústria responsável pelo processamento da fruta. Esse mercado estimado em 213,3 milhões de possíveis consumidores desperta o interesse de muitos produtores acirrando a competitividade nesse ramo.