Resistência varietal de milho doce crioulo a Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae)

Abstract

A lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é praga-chave na cultura do milho doce (Zea mays L.). Seu manejo é baseado no uso de inseticidas de amplo espectro, causando impactos ambientais e à saúde humana. Neste sentido, o emprego de variedades resistentes ao ataque da praga é uma estratégia de manejo menos impactante. Este trabalho avaliou o desempenho de variedades de milho doce ao ataque de S. frugiperda. O experimento foi conduzido em condições de campo, em blocos completamente casualizados com quatro repetições para cada uma das vinte variedades de milho doce testadas, sendo 19 crioulas e uma fornecida pelo Instituto Agronômico de Campinas. Os danos de S. frugiperda foram avaliados conforme escala visual de notas e o monitoramento da flutuação populacional foi realizado por meio de armadilhas Delta com feromônio sintético. Houve diferença significativa quanto ao nível de danos nas amostragens realizadas aos 42, 63, 70 e 77 dias após a semeadura. Dentre as variedades testadas, 66,7 % apresentaram nível de dano baixo e 33,3% apresentaram nível médio. A flutuação populacional de machos de S. frugiperda se manteve abaixo do nível de dano econômico ao longo de toda a condução do experimento. Uma possível resistência das variedades avaliadas associada a fatores ambientais e pulverização com inseticidas pode ter contribuído para o comportamento e para os baixos níveis de danos causados por S. frugiperda.

Resistência de três genótipos de milho ao ataque de Sitophilus zeamais Motschulsky, 1885 (Coleoptera: Curculionidae) em laboratório

“…Variedades de milho crioulas podem ser menos atacada por S. zeamais, quando comparada com cultivares comerciais (Fernandes, 2022), com genótipos de milho crioulo sendo menos atacados por pragas em condições de campo (Goedel et al, 2021) e armazenamento (Carneiro, 2019). Nesse contexto, pesquisas que avaliem a resistência de variedades de milho crioulas ao ataque de S. zeamais ainda são escassas, fazendo com que sejam necessários mais estudos.…”